Aumentou para 17 o número de mortes por leptospirose relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com informe epidemiológico divulgado nesta terça-feira (11) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), a vítima era um paciente de 63 anos, morador do município de Alecrim. O homem tinha histórico de exposição às águas de inundação. Os sintomas iniciaram em 17 de maio manifestados por febre, mialgia, cefaleia, prostração, congestão conjuntival, vômitos e icterícia. O óbito foi confirmado em 22 de maio.
Outras quatro mortes estão sob investigação. Desde o início da catástrofe, já foram notificadas 4.516 suspeitas da doença, das quais 242 (5,4%) receberam teste positivo.
Os casos fatais registrados até o momento ocorreram em Porto Alegre (2), Alecrim, Charqueadas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão e Novo Hamburgo.
Doença bacteriana infecciosa aguda, a leptospirose é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, em contato com a pele e mucosas. A bactéria pode estar presente na água contaminada ou lama, e os alagamentos aumentam a chance de infecção entre a população exposta. A água em regiões alagadas pode se misturar com o esgoto.
Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. Os principais são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial na panturrilha) e calafrios. A orientação à população é procurar um serviço de saúde logo nas primeiras manifestações. Nos municípios sem serviços de saúde disponíveis, as pessoas devem procurar qualquer profissional de saúde em abrigos, albergues ou ginásios.
O governo gaúcho alerta para outros sintomas a serem observados pelos profissionais de saúde.