Sem sinais de violência, Polícia Civil vai instaurar novo inquérito para investigar a causa da morte de Alessandra Dellatorre

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou nesta terça-feira (18) que a ossada humana encontrada em São Leopoldo no dia 7 de junho (07/06) pertence à advogada Alessandra Dellatorre, de 26 anos, que estava desaparecida desde julho de 2022.

A jovem, que residia no bairro Cristo Rei em São Leopoldo, saiu para uma caminhada na tarde do dia 16 de julho de 2022 e não retornou para casa. As buscas por Alessandra se estenderam por quase dois anos, até a localização dos seus restos mortais em uma área de mata no limite entre São Leopoldo e Sapucaia do Sul.

Embora a identificação da vítima traga um certo alento para a família e amigos de Alessandra, a investigação sobre o caso ainda está em andamento. A delegada Mariana Studart, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de São Leopoldo, afirma que a equipe continuará trabalhando para esclarecer as circunstâncias da morte da advogada.

“A investigação seguirá sob sigilo para garantir a lisura dos trabalhos e a busca pela verdade”, ressalta a delegada. “No momento, os indícios apontam para a menor probabilidade de um crime, mas todas as linhas de investigação estão sendo mantidas abertas.”

O desaparecimento e a morte de Alessandra Dellatorre causaram grande comoção na comunidade. A família da jovem pede justiça e clareza sobre o que aconteceu.

Conforme o delegado Mário Souza, chefe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não há indícios de crime no local onde os restos mortais foram encontrados. “Não há ossos quebrados ou trincados, nem sinais de tiros ou facadas, por exemplo. A roupa estava colada ao corpo, o que não indica violência”, disse Souza. O corpo foi localizado próximo a um muro em uma área militar de difícil acesso, que não é usualmente utilizada para caminhadas.

“Esperamos que a investigação traga as respostas que tanto buscamos”, desabafa um familiar de Alessandra. “Que a verdade seja apurada e que os responsáveis sejam punidos.”

O caso de Alessandra Dellatorre reforça a importância do combate à violência contra mulheres. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, em 2023, o estado registrou mais de 10 mil ocorrências de violência contra mulheres, incluindo feminicídios, estupros e lesões corporais.

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