Desde o início do evento climático, em 29 de abril, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) resgatou 24 cavalos e três búfalos nas áreas alagadas de Porto Alegre. Neste momento, são 61 cavalos acolhidos no Abrigo de Equinos da EPTC, localizado no bairro Lami, na Zona Sul, sendo 23 disponíveis para adoção.
Os animais recolhidos durante a enchente ainda não estão aptos para serem adotados, porque ainda estão aguardando os proprietários. A prefeitura tem um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, que prevê um período de 15 dias para que os animais possam ser retirados pelos proprietários do abrigo, antes de serem colocados para adoção. Devido à enchente, o prazo ainda não começou. Além deles, há outros 14 que, quando começou o evento climático, estavam dentro do prazo de 15 dias e em alguns casos em tratamento médico, por terem sido recolhidos em situações de maus tratos. Os búfalos foram resgatados e retirados pelos proprietários.
“Esta é mais uma atividade que realizamos com o objetivo de garantir a segurança viária. Durante a enchente, muitos cavalos foram recolhidos por estarem nas vias, colocando em risco a sua própria segurança e dos motoristas”, destaca o diretor-presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.
No abrigo, eles recebem alimentação adequada, além de medicação e um microchip para garantir controle do histórico e do bem-estar dos animais. A Equipe de Fiscalização de Veículos de Tração Animal (EFVTA) da EPTC faz o resgate dos animais de grande porte que estiverem em local seco, mas não busca dentro das áreas alagadas. Nestes casos, o cidadão deve acionar o Corpo de Bombeiros (telefone 193) ou a Defesa Civil (199).
Adoção – A adoção é realizada na forma de fiel depositário e supervisionada pelo Ministério Público. Todos os cavalos que passam pelo abrigo são microchipados. O adotante deve possuir local adequado para manter o cavalo em boas condições e se inscrever através da Carta de Serviços da prefeitura. O animal não poderá ser submetido a qualquer tipo de trabalho, especialmente os de tração, como guia de carroças, charrete e arado. Também não poderá ser usado em práticas esportivas como saltos e corridas.
Serviço – No caso de cavalos abandonados ou maltratados, é importante que as pessoas façam o registro através das plataformas da Central de Atendimento ao Cidadão 156 (opção 1) ou do número 118, para que a prefeitura possa fiscalizar, analisar e providenciar estas demandas. O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, mesmo em feriados. Se o fato for constatado, é feito o recolhimento. O animal é levado para a área de acolhimento, na Zona Sul.