A Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) solicitou ao governo do Estado revisão do contrato de concessão após um mês sem arrecadação de pedágio nas rodovias sob sua responsabilidade. A suspensão da cobrança ocorreu entre 1º de abril e 30 de abril devido às fortes chuvas que atingiram o estado, causando diversos danos nas rodovias.
A medida gerou impacto financeiro significativo para a empresa, que precisou realizar obras emergenciais para restabelecer o tráfego em 120 pontos. Segundo o diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres, o prejuízo foi de aproximadamente R$ 28 milhões.
Para garantir o reequilíbrio fiscal da empresa, o contrato de concessão precisa ser revisto. Segundo Peres, existem soluções previstas no contrato para situações de desequilíbrio fiscal, como ampliação do prazo de concessão, diminuição de investimentos ou até mudança nas tarifas. No entanto, ele também admite que “pode ser que haja uma solução extracontrato”, já que as chuvas representam um evento “fora de qualquer tipo de previsão”.
Novo cenário para projetos futuros
As fortes chuvas também impactaram os projetos futuros da CSG, como a duplicação da RS-240. De acordo com Peres, as cotas de inundação foram alteradas pelas chuvas, o que exigirá a revisão dos projetos executivos. Isso pode significar a necessidade de aumentar a altura de pontes ou até mesmo elevar rodovias já existentes.
Situação nas rodovias
Com a volta da cobrança de pedágio, a CSG informa que as rodovias sob sua responsabilidade estão em boas condições de tráfego. No entanto, a empresa pede atenção dos motoristas, pois ainda há alguns pontos com obras em andamento.