Pessoas que estão atuando em grupos de resgates a animais em locais atingidos por enchentes ou nos abrigos a esses animais devem procurar uma unidade de saúde ou profissionais da área nos municípios e se informar sobre locais de vacinação contra a raiva. A orientação é do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES).
A profilaxia pré-exposição já é recomendada para profissionais expostos ao vírus durante a rotina normal de trabalho – como veterinários, biólogos, profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva. Contudo, a medida foi agora ampliada no Rio Grande do Sul em razão da situação de calamidade causada pelas enchentes.
“Com os animais sendo resgatados e mantidos em abrigos, os riscos de acidentes por mordidas de cães aumentam, e muitas vezes a observação desses animais por dez dias não é possível, ou é dificultada. Por isso ampliamos o público-alvo”, explica a bióloga do Cevs Rosana Huff.
Pessoas que já se vacinaram anteriormente tanto pela pré quanto pela pós-exposição ao vírus da raiva (depois da mordida de animal) não precisam se vacinar novamente. Caso a pessoa sofra algum acidente envolvendo mordeduras, a secretaria de Saúde do município deve ser informada para acompanhamento do caso e indicação de profilaxia pós-exposição, de acordo com a situação.
Raiva
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o ser humano, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
A doença é transmitida ao humano pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura ou lambedura.