Porto Alegre decreta situação de emergência para enfrentamento da dengue

Com mais de 20 mil ocorrências suspeitas notificadas e 2.227 casos de dengue confirmados na Capital em 2024, conforme boletim epidemiológico mais recente divulgado, o prefeito Sebastião Melo decretou situação de emergência em saúde pública. O decreto está publicado em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) desta segunda-feira, 22. Porto Alegre registra dois óbitos por dengue entre moradores de Porto Alegre: uma mulher, na faixa etária de 31 a 40 anos, e um homem, na faixa etária de 71 a 80 anos.

A decisão considera o cenário e risco epidemiológico da doença e vale para outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como zika e chikungunya. A situação de emergência autoriza a adoção de todas as medidas administrativas necessárias para conter a doença, em especial a aquisição de insumos e materiais, a adoção e a cessão de equipamentos e bens e, ainda, a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial.

A medida busca aumentar a capacidade de resposta do município. “Porto Alegre tem realizado grande esforço para reduzir o número de casos da doença, seja no monitoramento de pacientes suspeitos na emergência e priorização do atendimento de casos suspeitos, com início imediato de medidas de hidratação com soro e coleta laboratorial’’, afirma o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.

Dentre as ações, para maior eficácia dos bloqueios de transmissão da doença, as denúncias de locais com acúmulo de água recebidas via 156 serão automaticamente direcionadas aos órgãos competentes para atendimento prioritário, priorizando regiões com maior concentração de casos confirmados de dengue e conforme o cenário epidemiológico de cada distrito sanitário.

Nível 3 – No final de março, com o registro do primeiro óbito por dengue em Porto Alegre, o município já havia passado para o nível 3 de resposta do Plano de Contingência de Arboviroses (que vai de 0 a 3), o que significa intensificação de ações previstas pela Vigilância em Saúde, Atenção Primária à Saúde, urgências e emergências, atenção hospitalar, assistência laboratorial, regulação e demais diretorias da SMS, além das ações intersetoriais do Executivo.

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Em relação à distribuição dos casos pela cidade, os bairros com incidência acumulada de mais de 300 casos por 100 mil habitantes são: São João, Higienópolis, Jardim do Salso, Rio Branco, São Geraldo, Teresópolis, Pedra Redonda, Agronomia, Tristeza e Auxiliadora. A notificação é realizada em sistema próprio da Prefeitura de Porto Alegre, chamado Sentinela, permitindo a elaboração de medidas mais ágeis de controle ambiental ao mosquito, ação essencial para diminuir o risco de transmissão viral.

Confira aqui o Mapa do Aedes.

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