“Eu fui mãe do Miguel até conhecer a Bruna, depois fui só genitora. Eu mereço ser condenada”, diz Yasmin para o júri
O interrogatório de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe do menino Miguel, de 7 anos, morto em 2021, marcou o primeiro dia do júri popular que julga o caso. Em seu depoimento, Yasmin confessou ter matado o filho e detalhou as circunstâncias do crime, a relação conturbada com a madrasta da criança, Bruna da Silva, e o descarte do corpo.
Yasmin relatou que a relação com Bruna era marcada por brigas frequentes, inclusive com a madrasta demonstrando repulsa por Miguel. Segundo ela, Bruna não aceitava a criança e a tratava mal, inclusive jogando fora seus pertences.
No dia da morte, Yasmin conta que Miguel não quis comer e se queixava de dor. Ela o medicou, mas ele continuou chorando. Em um momento de descontrole, Yasmin o agrediu, causando sua morte.
Após a morte de Miguel, Yasmin, sob a influência de Bruna, colocou o corpo do filho em uma mala e o transportou até o Rio Tramandaí, onde o jogou na água.
Emocionada, Yasmin confessou o crime e pediu perdão por sua omissão e fraqueza. Ela assumiu a responsabilidade pela morte do filho e disse que merece ser condenada.
Próximos passos do júri
O julgamento segue nesta sexta-feira (5) com a oitiva de testemunhas e a apresentação dos argumentos finais da defesa e da acusação. O Conselho de Sentença irá decidir se Yasmin e Bruna são culpadas pelo crime. A Studio TV transmite, através do Tribunal de Justiça, o julgamento.