Um estudo técnico realizado por pesquisadores da Univates, UFRGS e SGB concluiu que a cheia de 2023 em Lajeado foi a maior em pelo menos 150 anos. O trabalho analisou dados de medições sistemáticas e registros não sistemáticos, como marcas de cheias em edifícios históricos.
A cheia de setembro de 2023 superou a de 1941, considerada a maior até então, em 66 cm. A cheia de novembro de 2023 igualou-se à de 1941.
2023 teve 7 elevações do rio acima dos 17 metros
O estudo também revela que 2023 teve 7 elevações do nível do rio Taquari acima dos 17 metros, se igualando aos anos de 1983 e 1984.
Recomendações
Os pesquisadores recomendam a realização de um estudo detalhado do comportamento do rio Taquari durante as cheias de grande magnitude. Também recomendam a elaboração e disponibilização de cartas-enchente, que são mapas da área inundada correspondente a cada valor de referência medido na régua do posto fluviométrico.
Dados históricos são importantes
Os pesquisadores destacam que dados históricos e de longo prazo são importantes para a compreensão das cheias e de seus impactos na região. A partir desses dados, é possível implementar medidas preventivas e de mitigação de desastres, desenvolver planos de contingência e aprimorar políticas de planejamento urbano e regulamentações de construção.
Entendendo o contexto e o estudo técnico
O monitoramento do nível da água do rio Taquari em Lajeado apresenta fragilidades, com registros fragmentados em função da criação e extinção de pontos de medição. O estudo considerou dados de postos fluviométricos e registros não sistemáticos, como marcas físicas do nível máximo atingido pela água em edifícios históricos e registros fotográficos.
Achados do trabalho e mais detalhes
O estudo conclui que a cheia de setembro de 2023 foi a maior em Lajeado desde 1939, e provavelmente a maior desde 1873
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