A estatal não reajusta o preço da gasolina há 154 dias e do diesel há 87 dias nas suas refinarias. Essa política de preços está segurando os valores nos postos, mas especialistas alertam que essa situação pode mudar em breve.
Segundo a Abicom, a gasolina da Petrobras está 17% abaixo do preço do Golfo do México, referência para importação. Isso significa que há espaço para um aumento de R$ 0,58 por litro no mercado brasileiro. No caso do diesel, a defasagem é de 9%, o que equivale a R$ 0,32 por litro.
A empresa, que controla a Refinaria de Mataripe e outras pequenas refinarias privadas, reajusta os preços semanalmente. Mesmo assim, a gasolina da Acelen está 10% abaixo do preço do Golfo do México e o diesel, 7%.
Na semana de 17 a 23 de março, os preços nos postos ficaram estáveis, com exceção do gás de cozinha, que caiu 0,1%. A gasolina subiu 0,3%, para R$ 5,75 em média, e o diesel, 0,1%, para R$ 5,93.
A gasolina mais cara está no Norte (R$ 6,02) e o diesel mais caro também está no Norte (R$ 5,93). O gás de cozinha mais caro está no Centro-Oeste (R$ 105,87).
Fatores que podem influenciar os preços
- Cotação do petróleo no mercado internacional: A cotação do petróleo subiu nos últimos dias, o que pode pressionar os preços dos combustíveis no Brasil.
- Política de preços da Petrobras: A estatal ainda não definiu quando irá reajustar os preços da gasolina e do diesel.
- Demanda por combustíveis: A demanda por combustíveis tende a aumentar no segundo semestre, o que também pode influenciar os preços.