Fernandinho Beira-Mar, um dos principais líderes do Comando Vermelho, foi transferido da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) para a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) no dia 3 de março. A medida foi tomada após a fuga de dois detentos da unidade potiguar em 14 de fevereiro, a primeira desde a criação do Sistema Penitenciário Federal em 2006.
Outros 22 presos também foram transferidos de Mossoró para outras penitenciárias federais. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a transferência é uma atividade de “rotina” e visa “impedir articulações das organizações criminosas dentro dos estabelecimentos de segurança máxima”.
A fuga de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento mobilizou mais de 600 agentes em uma força-tarefa que busca os foragidos. Os dois teriam sido vistos em diversas ocasiões, inclusive fazendo uma família de refém. A Polícia Federal oferece uma recompensa de R$ 30 mil por informações que levem à captura dos fugitivos.
Especialistas em segurança pública apontam falhas estratégicas e demora na reação como fatores que dificultam a captura dos detentos. A fuga teria sido facilitada por conivência de pessoas dentro do sistema prisional, possibilitando comunicação e organização dos fugitivos.
A transferência de Fernandinho Beira-Mar ocorre em um contexto de reforço da segurança nas penitenciárias federais. A Senappen afirma que o rodízio periódico de presos é uma medida importante para “enfraquecer as lideranças do crime organizado”.
Com informações do Portal R7.
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