O mês de janeiro de 2024 foi o mais quente já registrado, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia. A temperatura média global da superfície terrestre foi 0,83°C acima da média de 1991-2020, superando o recorde anterior de janeiro de 2020.
Este recorde é mais um sinal preocupante da intensificação das mudanças climáticas, que já estão causando eventos climáticos extremos com mais frequência e intensidade. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, e todos os meses desde junho de 2023 foram os mais quentes já registrados para seus respectivos meses.
“Além de ser o janeiro mais quente, também passamos por um período de 12 meses com mais de 1,5°C acima do período de referência pré-industrial”, disse Samantha Burgess, diretora adjunta do C3S. “As reduções rápidas nas emissões de gases de efeito estufa são a única maneira de impedir o aumento das temperaturas globais.”
Cientistas norte-americanos alertam que 2024 tem uma chance em três de ser ainda mais quente do que 2023 e 99% de chance de estar entre os cinco anos mais quentes.
O El Niño, que contribuiu para o calor recorde de 2023, começou a enfraquecer, mas as temperaturas médias globais da superfície do mar em janeiro de 2024 ainda foram as mais altas já registradas para o mês.
Os países signatários do Acordo de Paris de 2015 se comprometeram a limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Apesar de ter ultrapassado 1,5°C em um período de 12 meses, o mundo ainda não violou a meta do Acordo de Paris, que se refere à temperatura média global ao longo de décadas.
Este novo recorde de temperatura global reforça a urgência de ações ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas.