Em uma situação surpreendente, piranhas da espécie palometas têm sido pescadas nas margens do Guaíba, em Porto Alegre, gerando preocupações sobre um possível desequilíbrio ambiental e acidentes. Esses peixes carnívoros, originários da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, foram encontrados em áreas como o píer do Pontal, uma nova zona de lazer e comércio na cidade.
Especialistas apontam que a presença dessas piranhas na capital gaúcha é resultado da transposição e conexão entre as bacias dos rios Uruguai e Jacuí, que eventualmente se conecta com a Bacia do Guaíba. Isso representa uma ruptura nos divisores de água entre as duas bacias hidrográficas.
Apesar de não ser motivo de pânico, a presença desses peixes predadores é preocupante. Elas são conhecidas por serem vorazes e agressivas, causando danos materiais às redes de pesca e potenciais riscos para outras espécies de peixes locais, afetando a biodiversidade da região.
Além do impacto direto na pesca, há preocupações sobre o risco de acidentes, especialmente em locais frequentados por banhistas. A possibilidade de mordidas, embora não representem um risco grave como muitas vezes retratado em filmes, ainda é um motivo de alerta.
Medidas estão sendo consideradas para reduzir os problemas causados pela presença das piranhas em Porto Alegre, incluindo a identificação do ponto de conexão entre as bacias e o acompanhamento das palometas já presentes na cidade. O conhecimento dos pescadores locais pode ser crucial nesse monitoramento.
A chegada das palometas no Guaíba e a possibilidade de se espalharem para outras regiões reforça a necessidade de um plano de ação coordenado para gerenciar o impacto ambiental e prevenir acidentes.