Uma escola de Educação Infantil é investigada por suspeita de maus-tratos contra crianças em Caxias do Sul, na Serra. De acordo com a Polícia Civil local, quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. As agressoras seriam funcionárias da creche, as informações são da Record RS.
Conforme apurações da Record RS, a instituição vinha sendo investigada há dois meses. A escolinha, que era particular, também atendia através de convênio com o município da Serra.
Pelo menos 36 crianças estavam matriculadas, algumas pela rede privada e outras pelo convênio. A conclusão da investigação da Polícia Civil indiciou as funcionárias por tortura contra crianças, com penas que variam de dois a oito anos de reclusão. O crime é considerado hediondo no Brasil.
Vídeos flagraram agressão
De acordo com o delegado Anderson Spier, a creche começou a ser investigada após vídeos de crianças sendo agredidas na instituição vazarem nas redes sociais. “A Polícia Civil começou a investigar sem ninguém registrar a ocorrência, porque esses vídeos vazaram na Internet. A delegada Aline Martinelli tomou conhecimento e instaurou inquérito para apurar o crime”, explicou.
Nas imagens exibidas pela Record RS, uma das crianças cai no chão após a monitora limpar o seu nariz e é pega violentamente pelo braço. Uma das mães que tinha a filha matriculada na instituição afirma que a violência era rotina no local. “Toda hora as crianças eram assim tratadas, torturadas e a minha filha de 1 ano e três meses também. Isso atrapalhou no desenvolvimento motor, no caminhar. Ela começou agora a caminhar”, disse a mãe à Record.
Conforme Spier, o procedimento foi remetido ao Ministério Público do RS. O promotor tem o prazo de 30 dias para oferecer denúncia, pedir mais diligências aos policiais ou requerer o arquivamento. A proprietária da escola comunicou o encerramento das atividades. Em nota, sua defesa informou que não vai se manifestar, uma vez que o inquérito está sob sigilo de justiça.
A Record RS entrou em contato com a defesa da Educação Infantil Colorindo o Mundo que informou que “o inquérito policial foi para a Justiça e está em segredo de justiça, como aliás, todos casos do gênero”.