OMS libera leite de vaca para bebês de seis a onze meses, mas polêmica persiste

A Organização Mundial da Saúde (OMS) liberou o consumo de leite de vaca integral pasteurizado, leite reconstituído evaporado e iogurte natural para bebês entre seis e onze meses. A decisão gerou polêmica entre especialistas, que alertam para possíveis riscos à saúde.

A OMS, que antes recomendava o leite materno ou fórmulas infantis até os dois anos de idade, afirma que o leite de vaca é uma opção segura para bebês dessa faixa etária, desde que seja oferecido com moderação. A agência também recomenda que o leite de vaca seja oferecido apenas após o bebê ter iniciado a alimentação complementar, ou seja, após os seis meses de idade.

A decisão da OMS foi baseada em estudos que mostram que o leite de vaca é uma boa fonte de nutrientes, como proteínas, cálcio e vitamina D. Esses nutrientes são importantes para o crescimento e desenvolvimento dos bebês.

No entanto, alguns especialistas alertam para possíveis riscos à saúde associados ao consumo de leite de vaca por bebês. Um estudo publicado no periódico científico “Pediatrics” mostrou que bebês que começaram a consumir leite de vaca antes dos seis meses de idade tiveram um risco maior de desenvolver doenças alérgicas, como asma e eczema.

Outro estudo, publicado no periódico científico “Journal of the American Medical Association”, mostrou que bebês que consumiram leite de vaca antes dos seis meses de idade tiveram um risco maior de desenvolver obesidade na idade adulta.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) ainda não se manifestou sobre a decisão da OMS. A SBP recomenda que o leite de vaca seja introduzido na dieta do bebê apenas após os 12 meses de idade.

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