Um grupo de 68 pessoas que viajou de excursão para passar o réveillon na praia em Itapema, no Litoral de Santa Catarina, foi enganado e encontrou a pousada que havia sido alugada com antecedência ainda em construção, as informações são do Portal G1 RS.
A locação para o período entre 28 de dezembro e 1º de janeiro custou R$ 33,9 mil, segundo o contrato a que o g1 teve acesso.
O documento, datado de março deste ano, especifica que o espaço alugado para dezembro estava em construção, no entanto, também garante suítes e refeitórios habitáveis, já com móveis e eletrodomésticos, como frigobar e ar-condicionado, e utensílios, incluindo louças.
De acordo com Laís Leichtweis, filha dos organizadores da excursão, antes do grupo sair para a viagem a proprietária disse a eles que apenas dois banheiros sociais estariam inacabados, e que eles estariam fechados.
Em vídeo gravado pelo grupo, no entanto, é possível ver paredes ainda sem reboco, chão sem piso, encanamentos e fios de energia a mostra, materiais de obra, madeiras e tijolos espalhados no interior do prédio e camas empilhadas.
A Polícia Militar foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado. O delegado Ícaro Malveira informou, ainda na quinta-feira, que os fatos serão apurados através de inquérito e que vítimas e testemunhas estão sendo identificadas pela investigação.
O Procon também foi procurado e, embora não tenha competência jurídica para agir no caso, orientou os turistas a entrar com uma ação judicial para reaver o valor corrigido.
Procurada no dia 28, a proprietária informou à reportagem, através de aplicativo de mensagem, que o grupo permanecia na cidade, porém em outro local, o que não foi confirmado pelos turistas. Disse, também, que “a pousada existe e está aqui”.
Na manhã do dia 29, antes da publicação desta matéria, ela apagou a mensagem e não enviou nova posição.
Sem local para ficar, o grupo do Rio Grande do Sul retornou em direção ao estado de origem. No caminho para casa, ainda em Santa Catarina, conseguiu encontrar uma pousada por conta própria, segundo Laís, em Garopaba, onde todos foram acomodados.
“Somos de cidades do interior do Rio Grande do Sul. Todos são trabalhadores honestos. Viajam casais de idade, família com filhos e somos simples”, disse Laís.
Para a nova locação, cada passageiro pagou R$ 200 a mais do que já tinham acertado e os organizadores custearam o restante. “Quando voltarmos pra casa talvez tenhamos que vender algum bem”, ponderou.