Bloqueio contra a raiva resulta em 748 cães e gatos vacinados em Caxias do Sul

A Secretaria Municipal da Saúde realizou, entre segunda e quarta-feira (11 a 13/12) um bloqueio vacinal contra a raiva nos bairros Vila Ipê e Cânyon, a partir da confirmação de um caso da doença em um gato. Durante os três dias, a equipe da Vigilância Ambiental em Saúde percorreu 25 quarteirões dos dois bairros com cinco equipes e imunizou 539 cães e 209 gatos com a vacina antirrábica, totalizando 748 animais.

A ação iniciou ainda na semana anterior, quando servidores da Vigilância visitaram a área para conversar com os moradores e informar sobre a vacinação. O bloqueio ocorreu em um raio de 300 metros do local onde foi constatado o foco de raiva, conforme previsto pelo Ministério da Saúde.

“O trabalho foi casa a casa e teve uma aceitação da população muito boa. Os proprietários dos animais auxiliaram muito em conter os animais, em abrir as casas, em receber os vacinadores. Foi um trabalho excelente, a população do Vila Ipê e do Cânyon está de parabéns, nos auxiliaram muito e por isso que o trabalho foi executado muito rápido”, detalha Rogério Poletto, diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde.

A Secretaria Municipal da Saúde mantém o monitoramento da raiva, trabalho que é realizado durante todo o ano. A orientação para a população é procurar um serviço de saúde caso ocorra qualquer mordedura por cães e gatos. É imprescindível limpar o ferimento com água corrente e sabão ou detergente. No caso de mordeduras leves, isso pode destruir as partículas virais e diminuir o risco de infecção.

A SMS também lembra que é obrigação dos proprietários manter a imunização dos seus animais em dia. A vacina antirrábica anual preventiva deve ser providenciada pelo proprietário do animal na rede particular, sendo fornecida pelo SUS em casos de bloqueio como o realizado nesta semana, que foi gratuito.

Saiba mais:

O que é raiva?

É uma doença infecciosa aguda, que pode levar as vítimas a óbito. Pode atingir mamíferos silvestres e domésticos.

Transmissão

A transmissão do vírus ocorre principalmente pela mordedura de animais doentes, tanto para o homem quanto para outros animais. Animais domésticos ou silvestres podem servir de transmissores do vírus da raiva. No ambiente urbano, a principal fonte de infecção é o cão e o gato. No meio silvestre, a transmissão ocorre por animais de vida aérea e terrestre. Diversas espécies de morcego, raposa, coiote, chacal, gato do mato, jaritacaca, guaxinim, mangusto e macacos mantêm o ciclo da doença. Em ambiente rural, a raiva afeta animais de produção, como bovinos, equinos e outros. Os morcegos, que se alimentam de sangue, são os principais transmissores.

Sinais e sintomas

Em humanos:

Os sintomas iniciais incluem mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, fraqueza, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia; A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade, febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e/ou convulsões.

Em cães e gatos:

Mudança de comportamento (agressividade); dificuldade para engolir água e alimentos; salivação abundante; paralisia das patas traseiras.

Em morcegos:

Desorientação, com voos durante o dia; paralisia das asas.

OBS: se encontrar um morcego, não toque nele. Se for necessário isolá-lo, utilize um pote, balde ou caixa de papelão. Faça contato com a Vigilância Ambiental para as devidas providências.

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