O fenômeno El Niño se intensificou nos últimos dias com maior aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial. A anomalia de temperatura da superfície do mar na região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, chegou a 1,8ºC, o valor semanal mais alto desde o Super El Niño de 2015-2016, as informações são da Metsul.
O valor positivo de 1,8ºC está na faixa de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC) e se trata da maior anomalia semanal observada desde o começo deste evento de El Niño, que se iniciou em junho.
A tendência é que o Pacífico Centro-Leste aqueça ainda mais nas próximas semanas com o pico de aquecimento se dando entre o fim de dezembro e o mês de janeiro.
A anomalia de temperatura do mar na região Niño 1+2, junto ao Peru e Equador, está com anomalia de +2,2ºC, com El Niño costeiro muito forte.
A tendência é que o fenômeno El Niño continue influenciando o clima nos próximos meses com mais extremos pelo Brasil. Ao menos até o começo ou o meio do outono de 2024 são esperadas condições de fase quente do Oceano Pacífico Equatorial.
O El Niño pode ter impactos significativos no clima global, incluindo:
- Alterações nos padrões de chuva e seca em diferentes partes do mundo;
- Aumento do risco de inundações e deslizamentos de terra;
- Mudanças nos padrões de migração de animais;
- Alterações nos ciclos agrícolas.
No Brasil, o El Niño pode causar os seguintes impactos:
- Chuva excessiva com enchentes no Sul do país;
- Seca no Norte e no Nordeste do país;
- Melhores safras agrícolas no Sul do país;
- Perdas de produtividade agrícola no Norte e no Nordeste do país.