Com o título “O filho de Odin”, a aluna do campus Veranópolis, Gabriela Guarda Bés, conquistou o segundo lugar no III Concurso Literário do IFRS. O concurso possui quatro categorias, haicai (um tipo de poema japonês), poema, conto e crônica. E abrange inscritos de 17 campi localizados no Rio Grande do Sul. A aluna conta que optou pelo estilo crônica por preferi-lo e também pelo tempo que havia disponível. “Eu decidi me inscrever muito perto do dia que acabava o prazo para submeter o texto, então não teria tempo o suficiente para escrever um conto e eu sempre gostei mais das crônicas”, disse.
A crônica, “O filho de Odin”, conta a história de um menino que tinha o sonho de capturar um raio como faz Thor, que na mitologia nórdica é filho de Odin. A autora comenta ainda, que “ele era um menino muito inocente para saber o que realmente ia acontecer”. O enredo do texto é bem intenso, característica comum nas crônicas. “Uma professora lá do campus sempre disse que as crônicas eram como tempestades de verão, surgiam sem motivo e causavam um estrago”.
Mas a intensidade não esteve só no conto. “No dia da submissão estava chovendo muito e metade da cidade estava sem luz e até sem sinal, esse era o caso da professora que estava me dando suporte e corrigindo meu texto, a Laís, que sem ela eu com certeza não teria me inscrito”, afirmou a aluna.
Gabriela conta que apesar da falta de energia elétrica, conseguiu submeter seu texto no site. Independente de toda a dificuldade, para ela o processo de escrita foi muito natural. “Eu tinha uma vaga ideia do que queria escrever e quando comecei as palavras surgiram muito tranquilamente, mesmo nunca tendo escrito nada deste tipo”.
Na percepção de Gabriela, a facilidade em escrever foi uma consequência de estar inserida no IFRS campus Veranópolis. “No campus, existem vários projetos relacionados à literatura, temos o ‘LiterArte: uma xícara de sabor e saber com erudição’ no qual participei da encenação do conto ‘O Louco’ de Khalil Gibran e, também, existe o projeto ‘Biblioteca IFRS na comunidade: quando as historinhas são recontadas pelos que há pouco só ouviam’ em que sou a bolsista voluntária”; Gabriela ainda conta que devido a todo este estímulo, nunca teve vergonha de tentar escrever algo e que o processo foi muito tranquilo. Ela destacou que, possuir aulas em que a literatura está presente com o papel de atiçar o pensamento – e não necessariamente porque cairá no vestibular – fez seu interesse aumentar exponencialmente.
“Fiquei muito feliz com tudo isso e só tenho a agradecer os meus professores e meus colegas que me incentivaram”.
A premiação acontecerá no 8º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS, que ocorre nos dias 23 e 24 de novembro, em Bento Gonçalves, aonde os alunos vão para apresentar os projetos que desenvolveram durante o ano.
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