O desastre natural que assolou o Estado nesta semana, provocando mortes e destruição, gerou comoção na população. Muitas doações foram realizadas para ajudar os atingidos pela tragédia.
Nos últimos dias, carros, vans e motos fizeram fila em frente à Central de Doações da Defesa Civil estadual, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre, para entregar donativos. Outros pontos de coleta, como o Palácio Piratini, no centro da capital, também receberam volumes expressivos.
A movimentação tem sido tão intensa que a equipe da Defesa Civil tem contado com o reforço dos bombeiros, da Brigada Militar, do Exército e de entidades e voluntários para ajudar a receber, armazenar e distribuir agasalhos, produtos de higiene e limpeza, cobertores, colchões, água e alimentos.
Desde o feriado de 7 de setembro, grupos de escoteiros se revezam no atendimento do drive-thru na Central de Doações. “Com nossos voluntários, estamos ajudando a descarregar o material que chega e a realizar a triagem para o posterior envio aos locais das enchentes”, destacou o gerente regional dos escoteiros do Brasil, Eduardo Carvalho dos Santos.
Novas formas de contribuição serão apresentadas
Nesta sexta-feira (8/9), em coletiva de imprensa no Palácio Piratini sobre as medidas de apoio aos municípios atingidos, o governador Eduardo Leite destacou a ajuda humanitária. “Quero agradecer muito a solidariedade do povo gaúcho e brasileiro. Vêm doações de todos os lugares”, disse.
O governador citou que, apesar do desafio logístico em função de estradas bloqueadas e queda de pontes, as doações estão chegando para quem precisa. “Todos estão tendo acesso a esses alimentos e vestuários”, afirmou.
Leite destacou que novas formas de contribuição serão apresentadas. “Às pessoas que têm o desejo de ajudar, peço que aguardem mais alguns dias. Iremos organizar outras formas de se fazer contribuições para auxiliar as pessoas mais atingidas e que vão precisar reconstruir suas casas, seus espaços de trabalho, seu comércio”, explicou.
O chefe da Casa Militar e Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira, ressaltou que alguns itens ainda estão sendo mais demandados pelas famílias atingidas. “Roupas íntimas, fraldas e roupas de cama (como lençóis, travesseiros, cobertores e fronhas) talvez sejam a grande ajuda humanitária para os municípios neste momento”, disse.
Organização
A Defesa Civil é responsável por coordenar os trabalhos na organização das contribuições e necessidades das famílias atingidas. O órgão recebe as doações, organiza-as e direciona para os municípios os itens mais necessitados. Todas as doações precisam estar em boas condições de uso, além de higienizadas.
O chefe da Divisão de Relações Comunitárias da Defesa Civil, tenente-coronel Luís Omar, também afirma ser importante a identificação, nas embalagens, do que está sendo doado a fim de facilitar o trabalho neste momento de grande volume de donativos. “Quanto mais organizado o material chega para nós, mais rapidamente podemos direcionar”, explicou.