A Justiça revogou a prisão preventiva do médico que foi preso na manhã desta terça-feira (12) em operação da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Ele é investigado por suspeita de fraude em exames no Instituto de Previdência do Estado (IPE Saúde).
Em audiência de custódia realizada no final da tarde desta terça, a Justiça aplicou medidas cautelares a serem cumpridas pelo médico.
A prisão do médico aconteceu na Operação Doppler, coordenada pelo delegado Max Otto Ritter, titular da Decor, de Porto Alegre. A delegacia especializada é a unidade responsável pela apuração das suspeitas de fraudes no IPE Saúde. Segundo Ritter, Pisani foi preso por ter descumprido medida cautelar imposta anteriormente pela Justiça.
— O juiz determinou que ele não atendesse mais pelo IPE Saúde, não saísse da cidade, mas ele viajou para fora do Estado. Por isso, a medida foi convertida em prisão preventiva — detalhou o delegado.
A previsão do encerramento do inquérito é de 10 dias, conforme Ritter.
No final da manhã, o IPE Saúde divulgou uma nota sobre a ação desta terça:
“A Operação Doppler é decorrente da identificação de indícios de irregularidade por meio da auditoria interna do IPE Saúde, ainda no início de 2022. A partir da identificação, foi instaurado processo administrativo e, posteriormente, encaminhado às autoridades competentes. O IPE Saúde destaca que tem implementado melhorias constantes nos processos de auditoria e controle de contas médicas buscando identificar e coibir quaisquer irregularidades que sejam praticadas contra o Instituto e seus segurados. O IPE Saúde ressalta ainda que o cartão do usuário é pessoal e intransferível e que os segurados podem acompanhar todas as solicitações realizadas por meio do site ou do aplicativo”.