m Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, a técnica de enfermagem Gabrielly do Canto de Souza concilia duas grandes paixões: a enfermagem e o tradicionalismo gaúcho.
Diariamente, Gabrielly veste seu uniforme azul e os Equipamentos de Proteção Individual para cumprir suas funções na UTI Adulto do Hospital Tacchini. Mas, desde o dia 18 de agosto, ela também veste seu vestido de prenda e a faixa de 1ª Prenda do CTG Laço Velho.
O cargo de 1ª Prenda é um dos mais valorizados dentro de qualquer CTG. Escolhida após passar pela ciranda, uma espécie de concurso que inclui prova escrita e redação, Gabrielly assumiu uma série de responsabilidades junto ao movimento tradicionalista gaúcho.
“A 1ª Prenda precisa servir de exemplo para os mais novos, representar a juventude tradicionalista e as mulheres gaúchas através dos valores e da nossa tradição, sempre auxiliar no que for necessário e repassar o conhecimento ajudando na manutenção do tradicionalismo”, descreve Gabrielly.
Conciliar a enfermagem com o tradicionalismo não é uma tarefa fácil. Os horários de plantão exigem disponibilidade noturna, quando ocorrem a maioria dos eventos no CTG. “É uma rotina bastante puxada, mas também muito gratificante. Sempre tento dar o meu melhor em cada uma das funções”, avalia.
Em setembro, mês marcado pelas comemorações farroupilhas, os eventos ligados ao movimento tradicionalista se intensificam ainda mais. Mesmo assim, o amor pelo tradicionalismo fala mais alto para Gabrielly e seus planos são chegar ainda mais longe. Para 2024, ela pretende concorrer na ciranda regional e conquistar o título de Prenda Regional.
“Ser tradicionalista é lutar pelos direitos de liberdade, igualdade e humanidade. Se eu não fosse tradicionalista, não frequentasse o CTG aqui, teria sido muito mais difícil me adaptar à comunidade e fazer amigos”, lembra ela, que mora em Bento há 3 anos, quando deixou sua cidade natal, Santana do Livramento, em busca de oportunidade de trabalho no Tacchini.