Tribunal dá aval para reabertura de casos de abuso sexual envolvendo Michael Jackson

Na última sexta-feira (18), o Tribunal de Apelação do Segundo Distrito da Califórnia emitiu um parecer que abre caminho para Wade Robson e James Safechuck, homens que alegam terem sido abusados sexualmente por Michael Jackson quando crianças, retomarem seus processos judiciais contra as empresas que administram o patrimônio do falecido artista. Segundo informações obtidas pela CNN, a decisão do tribunal estabelece que as empresas não podem se eximir de responsabilidade pela facilitação do abuso sexual de crianças por um de seus funcionários, mesmo que sejam propriedade exclusiva do suposto autor do abuso.

A determinação do tribunal também critica a ideia de que uma empresa com apenas um acionista esteja isenta de deveres de proteção às crianças. O veredicto reverte as decisões anteriores das corporações e, com isso, os processos, que foram consolidados no tribunal de apelação dos Estados Unidos, retornarão ao julgamento.

As alegações de abuso sexual contra Michael Jackson foram feitas por Robson e Safechuck, que afirmam terem sido vítimas do cantor quando ainda eram crianças. Em detalhes semelhantes apresentados no documentário da HBO de 2019 intitulado “Leaving Neverland”, ambos relataram como o suposto abuso se desenvolveu ao longo de vários anos, acompanhado pela alegada pressão de Jackson para que não divulgassem o que estava ocorrendo.

James Safechuck, que aos oito anos apareceu ao lado de Jackson em um comercial da Pepsi de 1986, e Wade Robson, que conheceu o cantor aos cinco anos após vencer um concurso de dança em Brisbane, Austrália, buscaram compensação por meio de processos judiciais contra empresas ligadas ao patrimônio de Jackson.

As reações à decisão do tribunal foram distintas. O advogado do patrimônio de Michael Jackson, Jonathan Steinsapir, expressou desapontamento com a decisão, reiterando a crença na inocência do artista. Enquanto isso, Vince William Finaldi, advogado de Safechuck e Robson, compartilhou um comunicado em que se mostrou satisfeito com a decisão do tribunal e expressou a esperança de que um julgamento sobre o mérito das acusações seja conduzido no futuro.

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A retomada dos processos contra as empresas do patrimônio de Michael Jackson marca um novo capítulo nas alegações que vêm cercando o legado do icônico artista, cujas conquistas musicais coexistem com as controversas alegações de abuso sexual feitas por indivíduos que afirmam terem sido vítimas de seus atos quando crianças.

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