ONU alerta para risco iminente de desastre nuclear

A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta nesta terça-feira (29) sobre o risco iminente de um desastre nuclear. De acordo com o órgão, o mundo nunca esteve tão próximo de uma catástrofe desse tipo.

Em um comunicado, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Csaba Kőrösi, afirmou que “vemos muitos sinais de que os arsenais e capacidades nucleares estão a crescer, o que é contrário ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Estamos mais perto do que nunca neste século de uma catástrofe global”.

Kőrösi apontou uma série de fatores que contribuem para esse cenário, como o aumento da desconfiança entre as nações, a ambição geopolítica e o crescimento do número de conflitos armados. Para ele, existem “ameaças regulares de recurso a um ataque nuclear” na guerra empreendida pela Rússia contra a Ucrânia.

A ONU vem alertando para uma crescente no tocante ao risco de um conflito nuclear. No início deste ano, em março, a entidade classificou o período como o de maior risco para o uso de armas de destruição em massa desde a Guerra Fria.

Esta nova advertência da ONU ocorre em um momento delicado, já que o arsenal nuclear mundial só cresce.

De acordo com um relatório da Nuclear Weapons Ban, realizado pela ONG Norsk Folkehjelp, da Noruega, até o início deste ano as potências nucleares acumularam 9.576 ogivas prontas para o acionamento, ou seja, 136 a mais do que em 2022. O documento conclui que o poder de destruição do arsenal global neste momento, é comparado a mais de 135 mil bombas de Hiroshima.

O relatório também aponta que o número de países que possuem armas nucleares também está crescendo. Atualmente, nove países possuem ogivas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.

O presidente da Assembleia Geral da ONU fez um apelo às nações para que redobrem seus esforços para reduzir o risco de um conflito nuclear. “Precisamos trabalhar juntos para construir um mundo mais pacífico e seguro, onde as armas nucleares não sejam mais uma ameaça”, disse.

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