Empresa Brinox, com 800 postos de trabalho, pede recuperação judicial
A fabricante de panelas Brinox, sediada em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira (29). A empresa alega uma dívida de R$ 326 milhões, com um nível de endividamento de 13 vezes o Ebitda.
A Brinox aponta quatro principais fatores para o pedido de recuperação judicial:
- Queda da demanda desde o arrefecimento da pandemia da covid-19;
- Crise no setor de varejo;
- Alta no preço das commodities;
- Aumento da taxa Selic a partir de 2020
Com a redução das restrições impostas pela pandemia, os gastos foram redirecionados para outros setores, como turismo, restaurantes, roupas e acessórios. Com isso, houve queda na demanda por produtos de utilidades domésticas e de lar.
A crise no setor de varejo também afetou a Brinox, com aumento da inadimplência dos clientes e redução da operação fabril.
O processo de recuperação judicial será conduzido pelos escritórios TWK e MSC Advogados. Em nota, a Brinox disse que o pedido não causará impactos na operação da empresa.
“O Grupo Brinox vai concentrar seus esforços para encontrar junto aos seus credores as melhores soluções para preservar seu negócio de forma sustentável e perene”, afirmou a empresa.
O Grupo Brinox possui presença nacional e internacional, com produtos em mais de 30 países. A companhia reforça que segue a operação e as atividades de suas fábricas normalmente, com seus 800 colaboradores diretos, de forma a garantir os contratos de entregas, fornecendo aos clientes produtos de alta qualidade e respeitando sempre o compromisso com colaboradores, fornecedores e parceiros no Brasil e no Exterior.
A Brinox foi fundada em 1988 e oferece cerca de 3.500 itens das marcas Brinox, Coza e Haus Concept. Desde 2011, é controlada pelo fundo de private equity Southern Cross Group.