Dono de empreiteira é detido sob suspeita de manter trabalhadores em condições assemelhadas à escravidão em Guaíba, conforme revela a Polícia

Na terça-feira, dia 8 de agosto, autoridades da Polícia Civil efetuaram a prisão em flagrante do proprietário de uma empreiteira local, acusado de submeter trabalhadores a uma realidade reminiscente à escravidão. O fato ocorreu em Guaíba, município situado na Região Metropolitana de Porto Alegre, as informações são do Portal G1 RS.

Os trabalhadores, que haviam sido atraídos pela promessa de condições laborais adequadas, receberam um duro golpe quando foram encontrados em alojamentos precários, resgatados pelas autoridades na mesma data da prisão do acusado.

O indivíduo à frente da construtora foi conduzido às instalações prisionais, sendo mantida sua identidade em sigilo pelas autoridades.

Segundo a delegada Karoline Calegari, responsável pela condução da investigação, uma denúncia anônima foi crucial para levar a equipe policial até o alojamento, situado no bairro Ipê. Lá, constatou-se a presença de seis indivíduos vivendo em condições que beiravam a insalubridade.

“O alojamento, longe de ser adequado, apresentava carências gritantes, desde a falta de camas adequadas, improvisação de colchões no chão, água para banho fria, até uma alimentação de péssima qualidade, muitas vezes crua ou deteriorada”, relatou a delegada Karoline.

Os trabalhadores, originários de estados como Bahia, Pará e Minas Gerais, trouxeram à tona os detalhes da situação. Conforme seus depoimentos, eles foram atraídos pela empresa com a promessa de contrato formal, pagamento de R$ 3 por metro quadrado de bloco construído, além de refeições e moradia. Entretanto, nenhum desses termos foi cumprido.

“Não houve assinatura nas carteiras de trabalho e os salários foram retidos. Os trabalhadores laboraram por alguns dias e, posteriormente, foram mantidos no alojamento sem informações claras sobre o que havia ocorrido. Quando um dos trabalhadores ousou questionar o pagamento devido, ele foi forçado a abandonar o alojamento por seguranças”, esclareceu a delegada.

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Os seguranças envolvidos também serão alvo do inquérito policial, cuja conclusão é esperada nos próximos dias. Investigações adicionais revelaram que o dono da empreiteira possui registros de crimes similares cometidos no estado de São Paulo.

Os trabalhadores resgatados foram amparados com assistência pela Secretaria de Ação Social, bem como pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com o intuito de garantir-lhes apoio e auxílio em meio a essa situação difícil.

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