Principal alvo de organização criminosa que dominava o comércio de gás em Rio Grande é preso em MG

O principal alvo da Operação Opulência 2 e sua esposa foram presos neste domingo, 9 de julho, em Minas Gerais, durante ação conjunta do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e da Polícia Civil gaúcha com Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRS e a Polícia Civil gaúcha trocavam informações desde a deflagração da operação, em 28 de junho, sobre os dois investigados que conseguiram fugir da casa onde moravam no Rio de Janeiro e passaram a figurar como foragidos. Ele é empresário e CEO de um escritório de publicidade que agencia diversos artistas, alguns com reconhecimento nacional.

O monitoramento intensivo culminou na ofensiva deflagrada neste domingo, com a participação dos Gaecos dos três estados e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ. Os alvos foram cercados e presos sem esboçar reação em um hote-fazenda na cidade de Bocaína de Minas, no Interior mineiro, a 219 km do Rio de Janeiro. Ao todo, oito pessoas foram presas desde 28 de junho, entre elas, dois policiais militares que faziam a segurança da organização criminosa.

Conforme investigação do Gaeco/MPRS e da Polícia Civil gaúcha, o homem preso neste domingo é o gerente operacional da organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e que dominava o comércio de botijões de gás em Rio Grande, inclusive, intimidando pequenos comerciantes e os obrigando a comprarem gás da facção e a praticarem preços tabelados sob pena de terem seus veículos depredados e suas vidas ameaçadas. Alguns empresários do ramo tiveram de abandonar seus comércios por medo.

“A prisão dos foragidos era prioridade do Gaeco. A articulação institucional dos Ministérios Públicos estaduais – Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro – foi essencial para o sucesso do cumprimento dos mandados de prisão preventiva”, destacou o coordenador dos Gaecos do MPRS, André Dal Molin.

“Os alvos eram operadores financeiros da organização criminosa e, com a prisão, se chega ao êxito absoluto para desmantelar essa quadrilha que trazia tantos danos para a sociedade”, complementou o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, do Gaeco – Núcleo Região Sul.

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