Acolhendo denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Vacaria, o Tribunal do Júri condenou nesta quinta-feira, 13 de julho, homem acusado de ter mandado assassinar o ex-sócio Miguel Angelo Siega, então com 49 anos, em março de 2012. O réu denunciado pelo MPRS como mentor, financiador e mandante do crime foi condenado a 19 anos e 8 meses de reclusão em regime inicial fechado.
Siega foi morto com dois tiros de revólver numa estrada na localidade de Santa Rita, em Muitos Capões. Ele foi chamado pelo sócio para uma reunião em uma residência na região. Na volta, foi abordado pelo autor dos disparos, que era funcionário dos dois, acompanhado de outro homem, ambos contratados pelo réu para assassinar a vítima
Conforme os promotores de Justiça Damásio Sobiesiak e Eugênio Paes Amorim, que atuaram no julgamento, a condenação levou em conta as qualificadoras apontadas pelo MPRS: o crime aconteceu mediante pagamento ou promessa de recompensa, por motivo fútil, por dissimulação e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação, impunidade e vantagem de outro crime, já que as investigações apontaram que estavam ocorrendo desavenças comerciais entre os sócios desde que a vítima descobriu possíveis desvios de produtos e dinheiro praticados pelo condenado.
A denúncia do MPRS incluía os outros dois acusados. Um deles faleceu antes do julgamento e ou outro foi condenado também em outro júri.