Nesta sexta-feira (7), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou o fim dos créditos disponíveis para o programa de incentivo à venda de carros. A estimativa é que cerca de 125 mil unidades tenham sido comercializadas através desse programa, que autorizou descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil.
Durante a abertura da entrevista coletiva da Anfavea, a associação que representa as montadoras, Alckmin declarou: “Estamos encerrando a parte do estímulo dos créditos tributários para veículos leves. Foi um sucesso”. O programa, que também inclui categorias de caminhões e ônibus, ainda possui créditos disponíveis para esses casos. No total, o programa contou com R$ 1,8 bilhão em recursos públicos.
Para carros, foi autorizado um montante bruto de R$ 800 milhões. No entanto, devido a uma regra que prevê a compensação de perda de arrecadação de impostos provocada pelos descontos no preço final, o crédito líquido disponível para carros ficou em R$ 650 milhões, que foram completamente consumidos. Segundo Alckmin, dos R$ 500 milhões utilizados na compra por pessoas físicas, R$ 500 milhões foram destinados a esse público.
Alckmin elogiou a “sensibilidade social” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos empregos, considerando a alta ociosidade da indústria automotiva. O vice também informou que tomou medidas para acelerar a baixa de caminhões mais antigos em colaboração com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), um dos motivos que prejudicavam a liberação de crédito tributário para a compra de veículos de carga novos.