Sindicato anuncia paralisação do transporte coletivo da Região Metropolitana na quinta-feira

Nesta quarta-feira, o SindiMetropolitano (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Intermunicipais de Turismo e de Fretamento da Região Metropolitana) anunciou que os trabalhadores do setor entrarão em greve. A partir da meia-noite de quinta-feira, o serviço de transporte coletivo urbano será suspenso em Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Glorinha, Gravataí, Nova Santa Rita e Viamão.

As empresas Soul, Transcal, Sogil, Consórcio de Transportes Nova Santa Rita e Empresa de Transporte Coletivo Viamão não estarão operando durante o período de paralisação, segundo informou o sindicato.

Ainda não há previsão para a retomada das operações de ônibus ao longo do dia de quinta-feira. De acordo com o sindicato, as empresas ofereceram uma proposta de aumento salarial de 4,5% em duas parcelas de 2,25%, mas a proposta foi rejeitada durante uma assembleia dos representantes do Sindimetropolitano. Os trabalhadores avaliaram uma nova proposta de 6% de aumento apenas quando houver reajuste nas tarifas dos ônibus. Em contrapartida, os rodoviários propuseram um aumento de 6%, sendo 3% na data-base de 1º de junho e os outros 3% em um prazo de 90 dias. A resposta da patronal ainda não foi divulgada.

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano e da Metroplan, informou que está trabalhando para solucionar o impasse e restabelecer o transporte coletivo. Em comunicado, o governo lamentou a greve e afirmou que está fazendo todos os esforços possíveis para ajudar a superar as divergências entre trabalhadores e empregadores, buscando a retomada plena do sistema de transporte público metropolitano o mais rápido possível.

O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado (Setergs) também se manifestou sobre a situação. Conforme a representação, ficou acordado, por sugestão do TRT4 (Tribunal Regional do Trabalho), que durante os horários de pico, das 5h30min às 9h e das 16h30min às 19h, 50% dos serviços de transporte serão mantidos, enquanto nos demais horários será mantido um mínimo de 30% dos serviços.

O Setergs acrescentou que teve negociações com o Estado, representado pela Metroplan e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, para tratar da defasagem da tarifa do serviço público de transporte metropolitano, além de negociar com o Sindicato dos Trabalhadores, o Sindimetropolitano, na tentativa de atender às demandas da categoria e evitar a greve.

Com informações do Jornal Correio do Povo.