Motorista bêbado que matou criança e professor é condenado a mais de 20 anos

A condenação de um motorista embriagado que causou um acidente fatal levou a um veredito de 20 anos e sete meses de prisão. O trágico acidente vitimou Alicia Bindemann Carini, de apenas 5 anos, e Fernando Martins de Albuquerque, de 34 anos.

O julgamento que começou na manhã de quinta-feira (15) durou cerca de 12 horas, culminando na sentença por homicídio doloso. O conselho de sentença considerou que o motorista assumiu o risco de matar ao optar por dirigir embriagado.

O acidente fatal ocorreu na manhã do dia 19 de dezembro de 2021 na BR-280, em Rio Negrinho. O motorista, ao voltar de uma festa com três passageiros, perdeu o controle do veículo e colidiu frontalmente com o carro da família de Alicia. A criança morreu pouco tempo após o acidente e Fernando, que estava no mesmo carro que o motorista, faleceu uma semana depois.

Embora um teste de bafômetro não tenha sido realizado imediatamente após o acidente devido à necessidade de atendimento médico ao motorista, o teste realizado oito horas depois ainda indicou a presença de álcool em seu organismo.

Os familiares das vítimas aguardavam ansiosamente pela condenação do réu, acusado pelo Ministério Público por duplo homicídio e outras seis lesões corporais, uma das quais muito grave.

Dor e resistência: a luta de uma mãe após perder a filha de cinco anos

Michelle Bindemann, a mãe de Alicia, uma vítima de 5 anos de um acidente causado por um motorista embriagado, expressa sua dor e luta para encontrar um novo significado para a vida após a trágica perda de sua filha.

Desde o acidente, a vida de Michelle mudou radicalmente. A mãe de Alicia passou oito meses afastada do trabalho, não conseguiu voltar para a casa onde morava com a filha e, desde então, tem acompanhamento psiquiátrico regular.

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Michelle, porém, procura formas de dar um novo significado à dor. No ano passado, ela iniciou um projeto para beneficiar crianças carentes com a doação de mochilas e materiais escolares – um gesto inspirado no amor de Alicia pela escola. Além disso, ela iniciou a campanha “se beber, não dirija”, visando conscientizar motoristas e pressionar por punições mais severas para esse tipo de crime.

Michelle lamenta a normalização do ato de beber e dirigir e a falta de fé no sistema de justiça para crimes de trânsito. Ela reflete sobre a difícil realidade que enfrenta – enquanto o motorista eventualmente retomará sua vida após cumprir sua pena, a ausência de Alicia sempre será uma parte perdida de sua própria vida.

A vida após a perda: Mãe de Fernando fala sobre a dor da ausência

Maria de Lourdes Martins de Oliveira, a mãe de Fernando, vítima de um acidente de trânsito provocado por um motorista bêbado, compartilha sua dor após a perda de seu filho e o impacto devastador que isso teve em sua vida.

Maria e Fernando, antes do acidente, eram um o apoio do outro. Após a morte de seu marido em 2012, a relação entre mãe e filho se tornou ainda mais estreita, com ambos compartilhando alegrias, tristezas e o apoio financeiro mútuo.

Fernando não era apenas um filho dedicado, mas também uma presença respeitada na comunidade, atuando como médico veterinário e professor universitário em Joinville. Apesar da vida exemplar, ele morreu após uma semana internado devido ao acidente. Desde então, Maria relata que o acusado jamais procurou ela para expressar arrependimento ou condolências.

A perda de Fernando marcou o fim de uma importante fase na vida de Maria. Com tristeza em sua voz, ela expressa o profundo sentimento de perda, enfatizando que a morte de Fernando representou o fim de sua própria vida como ela conhecia.

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Fonte: Visor Notícias

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