A construção, operação e ligação rodoviária de 41,8 quilômetros do futuro aeroporto de Caxias do Sul, em Vila Oliva, terá um custo estimado de R$ 520 milhões e movimentará mais de 1 milhão de passageiros por ano. Os números foram apresentados em um estudo preliminar de viabilidade do aeroporto, produzido pela empresa Infra SA, nesta terça-feira (13), na prefeitura de Caxias do Sul, que contratou o estudo.
A reunião contou com a presença do secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, que reforçou o compromisso de auxiliar os municípios na implantação das ligações rodoviárias, participando dos projetos executivos e injetando recursos na construção.
“Será o segundo maior aeroporto do Rio Grande do Sul, com importância para o empreendedorismo e para o turismo. Conseguimos avançar, não apenas na questão do estudo apresentado hoje, mas nos futuros acessos ao aeroporto. Se pensarmos 20 ou 30 anos à frente, não se trata apenas de uma ligação entre Vila Oliva e Gramado. O futuro aeroporto vai acelerar o desenvolvimento do Estado, facilitar o deslocamento e será referência na Serra, gerando emprego e renda”, destacou Costella.
A audiência teve a presença do prefeito de Caxias, Adiló Didomenico (PSDB), da vice-prefeita Paula Ioris, do senador Luiz Carlos Heinze (PP) e do prefeito de Gramado, Nestor Tissot (PP). De forma virtual, participaram Márcio Maffili, da Secretaria da Aviação Civil (SAC), e Anselmo Caetano, engenheiro da Iguatemi, responsável pelo projeto do aeroporto. O estudo aponta três cenários de viabilidade, que incluem a construção e operação do aeroporto, além da ligação rodoviária, que vai da Rota do Sol até a ponte que separa Caxias do Sul de Gramado. Apesar da estimativa apresentada, os valores exatos só serão conhecidos após a realização do projeto executivo.
Já o prefeito de Caxias do Sul lembrou que o município possui a área de 450 hectares e obteve a outorga do aeroporto.
“O custo de logística em Caxias é pesado. Temos todo interesse em viabilizar o aeroporto. É um investimento de interesse do Estado e da região e será um fator de desenvolvimento para toda a Serra Gaúcha”, complementou Adiló Didomenico.
Durante os debates, constatou-se que o cenário mais vantajoso seria a construção do aeroporto com parte dos recursos oriundos do poder público. Seriam cerca de R$ 200 milhões, já previstos pela Secretaria da Aviação Civil (SAC).
“O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, me garantiu: se terminar o projeto, o dinheiro sai. Já estão garantidos, hoje, R$ 204 milhões”, afirmou o senador Luis Carlos Heinze.
Segundo o superintendente de aeroportos da Infra SA, Cícero Filho, existem três cenários futuros possíveis para a operação do aeroporto: concessão, Parceria Público-Privada ou obra pública.
“Concluímos que a alternativa em que a iniciativa privada é a capitaneadora do aeroporto e dos acessos é a mais viável. O aeroporto tem enorme perspectiva”, afirmou Cícero.
Segundo o estudo, o cenário de maior viabilidade aponta, preliminarmente, para a concessão do complexo aeroportuário por 30 anos.
Assim, a futura concessionária aportaria pouco mais de R$ 320 milhões em 41,8 quilômetros de estrada, incluindo a melhoria do trecho já asfaltado entre a Rota do Sol e Vila Oliva, pavimentação e implantação em direção a Gramado e construção da ponte entre os municípios. O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, também falou sobre a viabilidade do aeroporto.
“Juntando transporte de passageiros e de cargas, negócios e turismo, a viabilidade do aeroporto está mais do que confirmada. Não importa de que maneira, quem irá fazer, o importante é que o aeroporto saia do papel”, afirmou.
Além das ligações à Rota do Sol e à Gramado, são projetadas outras estradas que facilitariam o acesso às regiões de São Marcos e Vacaria e dos Campos de Cima da Serra. Por isso, uma nova reunião será realizada com a participação, também, de outros municípios.