Médicos credenciados ao IPE Saúde decidem manter greve por tempo indeterminado no Rio Grande do Sul
Médicos credenciados ao IPE Saúde (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul) decidiram, por unanimidade, em uma assembleia geral extraordinária realizada na noite de terça-feira (23), manter a greve por tempo indeterminado.
O presidente do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), Marcos Rovinski, afirmou: “Os médicos deliberaram em manter o movimento enquanto nada é feito de concreto para garantir a recomposição dos honorários médicos e hospitalares, defasados há 12 anos”.
Além da paralisação, o Simers, o Cremers (Conselho Regional de Medicina do RS) e a Amrigs (Associação Médica do RS) estão convocando os profissionais a considerarem o licenciamento temporário ou o descredenciamento do IPE Saúde.
Rovinski destacou que o Projeto de Lei Complementar 259/2023, enviado pelo governo à Assembleia Legislativa na semana passada para reestruturar o IPE Saúde, não aborda a real necessidade da categoria. Segundo ele, “o projeto em tramitação no Parlamento gaúcho não apresenta nada referente à real necessidade da categoria”.
Desde o dia 10 de abril, os médicos credenciados ao instituto suspenderam suas atividades em todo o Estado, mantendo apenas os atendimentos de urgência e emergência. A principal demanda da categoria é a atualização da tabela de honorários médicos praticada pela autarquia.
Atualmente, o IPE Saúde possui cerca de 6,5 mil médicos credenciados no Rio Grande do Sul. O convênio é responsável pela assistência médica e hospitalar de quase 1 milhão de servidores estaduais, seus dependentes e pensionistas.