Em reunião realizada no Palácio Piratini, nesta terça-feira (2/5), o governador Eduardo Leite, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, empresas produtoras de biocombustíveis e cooperativas discutiram ações de fomento à produção de etanol no Rio Grande do Sul. De acordo com os representantes da indústria do setor, o Estado tem capacidade para aumentar o volume desse tipo de combustível e já existem projetos de usinas que demandariam uma quantidade maior de grãos para suas operações.
Os dirigentes das cooperativas presentes, Cotrijal, de Não-Me-Toque, e Cotripal, de Panambi, destacaram que o fomento a programas de incremento do setor possibilitaria uma importante alternativa para os agricultores gaúchos, principalmente na safra de inverno. Atualmente, empresas da área de biocombustível têm projetos para investimento no Estado que utilizariam grãos cultivados no inverno. Com o aumento de demanda interna por essas culturas, haveria um incremento natural na produção agrícola nesse período.
O governador Eduardo Leite citou o apoio do governo do Estado ao setor e destacou o programa Pró-Etanol, de 2021, que concede crédito presumido de ICMS para o etanol produzido localmente. Leite afirmou que há possibilidade de avançar ainda mais para que o Rio Grande do Sul continue ganhando espaço na produção de biocombustível no país.
“Somos parceiros dos empreendedores e vamos trabalhar em mais projetos que incentivem essa atividade econômica, que é muito importante para o nosso Estado”, disse Eduardo Leite durante o encontro.
Pró-Etanol atrai investimentos para o setor
O programa Pró-Etanol, criado em 2021 pelo governo estadual, já atrai investimentos para o setor, com a possibilidade de crédito presumido de ICMS para o biocombustível produzido em empresas instaladas no Estado. Com esse incentivo, já estão previstas ao menos três novas plantas de etanol produzido a partir do trigo, principal cultura de inverno dos agricultores gaúchos.
Os investimentos estão planejados para Passo Fundo, Não-Me-Toque e Santiago. As instalações dessas usinas, além da geração de empregos diretos, terão um efeito imediato no aumento da demanda pelo trigo produzido nas propriedades rurais do Rio Grande do Sul. Com isso, o setor primário gaúcho passa a ter na safra de inverno uma importante fonte de renda para o produtor rural.
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul