Foi assinado, na quinta-feira (30/3), o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Colonial Artesanal, trabalho desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e pela Emater/RS-Ascar. O queijo colonial artesanal possui características próprias e técnicas predominantemente manuais, e a regulamentação visa estabelecer a conformidade e proteger esse modo de produção.
O produto apresenta composição específica e aspectos sensoriais, o que faz com que as particularidades de cada queijo sejam preservadas. Além disso, representa cultura e história e conta com uma produção marcada pela qualidade e pelas boas práticas. O processo de regulamentação de um produto é realizado pela Seapi, na Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa).
“O regulamento é uma forma de criar uma padronização, atender a parâmetros pré-determinados e proteger esse modo de fazer o queijo colonial artesanal no Rio Grande do Sul. Além disso, há todo um resgate histórico que precisa ser levado em consideração”, explicou o titular da Seapi, Giovani Feltes, durante o ato de assinatura. O evento aconteceu durante a cerimônia de lançamento do 2° Concurso de Queijos Artesanais, com a presença do secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.
De acordo com a extensionista da Emater, Bruna Bresolin Roldan, o regulamento foi proposto a partir de um estudo, iniciado em 2016, com a participação da Seapi, da Emater e da Ulbra. “Foi realizado um resgate histórico do queijo colonial para saber como era produzido, quem produzia, qual era a receita original e se ela se alterou ou se manteve”, detalhou Bruna. “Depois de análises físico-químicas e microbiológicas em mais de 300 queijos para caracterizar a produção gaúcha, o regulamento técnico foi elaborado.”
O queijo colonial artesanal é um queijo maturado que se obtém por coagulação do leite cru ou pasteurizado, por meio do coalho ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácteas específicas. É classificado como um queijo gordo, de média e alta umidade; sua consistência é semidura, elástica, de textura compacta (lisa ou fechada); a cor é branca ou amarelada; o sabor é característico, ligeiramente ácido ou picante; e o odor é agradável, pronunciado com o grau de maturação. O queijo colonial artesanal poderá ser comercializado sem embalagem ou em embalagens primárias com rotulagem previamente aprovada pelo Serviço de Inspeção.