A investigação sobre o ataque a uma creche em Blumenau, que causou a morte de quatro crianças nesta semana, contará com a colaboração de um órgão de segurança dos Estados Unidos. O Serviço de Segurança Diplomática (DSS, na sigla em inglês), representado pelo Consulado Americano, teve representantes em uma reunião na quinta-feira (6) com membros do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos, o CyberGaeco, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), além de investigadores de outros estados, como o Rio Grande do Sul.
A ideia é que o serviço norte-americano auxilie na investigação do ataque à creche em Blumenau e também na apuração de outros casos e ameaças de novos crimes em escolas de SC. O papel do serviço de segurança será intermediar a busca de informações dos suspeitos em plataformas digitais de jogos on-line e trocas de mensagens, a maioria delas sediada nos Estados Unidos. A ajuda deve acelerar as investigações, especialmente nos casos das empresas que não possuem unidades no Brasil.
Segundo investigadores, essas plataformas são utilizadas por jovens que planejam atentados em unidades de ensino. No caso do crime de Blumenau, até o momento não foram encontrados elementos de que o autor dos assassinatos tenha utilizado essas ferramentas, mas a investigação ainda tentará levantar mais informações nos canais digitais do criminoso.
Caso sejam encontradas informações, a instituição americana pode ser acionada para a obtenção de mais dados do autor junto às plataformas. O departamento de segurança diplomática é responsável por garantir a integridade dos documentos de viagem aos Estados Unidos. Segundo o site da instituição, ela tem escritórios em 29 cidades do país norte-americano e mais de 2,5 mil agentes atuando em mais de 270 locais de todo o mundo.