O número de famílias produtoras de leite no Rio Grande do Sul reduziu pela metade entre 2015 e 2021, passando de 84 mil para 40 mil, de acordo com um levantamento de entidades do setor. Essa conta inclui apenas as famílias que vendem para indústrias, cooperativas e queijarias, ou que processam o leite em agroindústria própria. O Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) projeta nova queda para este ano.
A falta de mão de obra, a ausência de interesse de membros da família em seguir no negócio e o preço insatisfatório do leite estão entre as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores. Mesmo a maior bacia leiteira do RS, o município de Santo Cristo, Região Norte, perdeu mais de 200 produtores de leite nos últimos dois anos. O diretor-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que é necessário apoio do governo com a aquisição e instalação de reservatórios de água, além da compra de mais leite e derivados de produtores gaúchos. Atualmente, produtores recebem entre R$ 2,60 e R$ 3,20 pelo litro de leite e o pagamento pode levar até 45 dias. O Rio Grande do Sul produz 4,2 bilhões de litros de leite por ano, com dois bilhões vendidos para empresas de outros estados.
O governo estadual tem um projeto para aumentar a compra do que é produzido no estado, mas ainda não definiu prazos.
Com informações do Portal G1 e RBS TV.