‘Ele jamais deveria ter saído da prisão’, diz padrasto de autor de ataque a creche em SC 

Motorista de aplicativo, Edson, de 56 anos, que sofreu um ataque há dois anos, com sequelas graves no lado direito do corpo, concedeu uma entrevista exclusiva à Jovem Pan News de Fortaleza. Ex-padrasto do homem de 25 anos que matou quatro crianças em uma creche em Blumenau, em Santa Catarina, na quarta-feira, 5, Edson se mudou para longe da cidade onde nasceu e se criou, para se proteger do agressor. O autônomo largou sua própria família e passou por um processo traumático de separação com a mãe do assassino, com quem conviveu por quatro anos.

Edson será ouvido pela polícia na terça-feira, 11, enquanto o resultado do exame toxicológico do criminoso também estará pronto. Ele não sabe dizer se foi vítima de um atentado com faca de cozinha ou canivete, mas os golpes na cabeça afetaram um nervo importante no pescoço, causando uma sequela no lado direito do corpo. Ele também sofreu cortes no abdômen e tem diversas marcas pelo braço.

Edson se encontra traumatizado e tem medo do agressor. O motorista afirma que a prisão do criminoso é um alívio e justiça para as vítimas. Ele lamenta profundamente a morte das crianças inocentes e descreve a transformação do agressor quando se droga, afirmando que o ex-enteado já tentou matá-lo durante um surto. O motorista chegou a pedir medida protetiva para a polícia, mas foi informado que a medida é somente para mulheres.

O motorista ficou sabendo da chacina através de amigos em comum no WhatsApp e chorou ao receber a notícia. Ele acredita que o ex-enteado foi provocado por colegas viciados em crack a executar o crime e espera que desta vez seja feita justiça. Edson quer voltar para sua casa, sua família continua morando no mesmo lugar e ele sente falta de todos.

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