Condenados mais três réus envolvidos em morte de jovem que teve a execução gravada em Porto Alegre

Mais três acusados de envolvimento na morte e ocultação de cadáver da jovem Paola Avaly Corrêa, em 2018, foram condenados pelo Tribunal do Júri, em Porto Alegre. Nessa quinta-feira (2) foram julgados Nathan Sirangelo, Bruno Cardoso Oliveira e Thais Cristina dos Santos.

Outros três réus foram julgados na última terça-feira (28) e também condenados. O processo tramita na 4ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, especializada em feminicídios, presidida pela titular da Vara, a juíza de Direito Cristiane Busatto Zardo.

Sete jurados, dentre cinco homens e duas mulheres, formaram o Conselho de Sentença. Cabe recurso da decisão.

Penas

Os réus foram condenados por homicídio qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e ocultação de cadáver.

De acordo com a denúncia, Nathan Sirangelo seria o mandante do crime. Ele teria ordenado a execução de Paola de dentro da Cadeia Pública da Capital gaúcha, depois que a jovem, com quem manteve relacionamento, fez postagem que o desagradou, inclusive em relação à sua posição de liderança do tráfico de drogas.

Bruno Cardoso Oliveira foi apontado como o mentor da execução e responsável por convocação dos comparsas. Thais Cristina dos Santos é acusada de ceder a casa para esconder a vítima, indicar o local e filmar a execução.

Outras condenações

Também responderam pelo crime os réus Vinicius Matheus da Silva (28 anos de reclusão), Paulo Henrique Silveira Merlo (8 anos e 10 meses de reclusão) e Carlos Cleomir Rodrigues da Silva (16 anos e 2 meses de reclusão)

Caso

Conforme a denúncia do Ministério Público (MP), Paola foi raptada no dia 13 de maio de 2018, amarrada, jogada em uma cova feita num matagal e alvejada com tiros de arma de fogo. O corpo foi deixado no local e achado quatro dias depois, na Vila Tamanca, Bairro Lomba do Pinheiro. A morte foi causada por ferimentos no cérebro. A execução foi gravada e publicada nas redes sociais.

O envolvimento nos fatos de um adolescente foi processado na esfera da Infância e da Juventude, resultando na condenação de cumprimento de medida socioeducativa de internação sem possibilidade de atividades externas, em agosto de 2018.

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