Chuva avança com temporais de vento forte e granizo no Rio Grande do Sul

O tempo mudou, como previsto, e a atmosfera se instabilizou no Rio Grande do Sul durante esta quarta-feira. As precipitações foram irregulares e mal distribuídas, mas alcançaram a maioria das localidades do estado. Tal como prognosticado, em muitas cidades os volumes até o início da noite eram baixos enquanto em pontos isolados choveu forte.

A instabilidade ocorre numa atmosfera quente e úmida com a aproximação de uma frente fria pelo Sul, na altura da província de Buenos Aires. Por isso, o sol da manhã deu lugar à chuva e aos temporais isolados durante a tarde e que prosseguem na noite desta quarta.

O aquecimento, maior do que era antecipado pelas projeções dos modelos, colaborou para a formação de nuvens carregadas. Na Grande Porto Alegre, as máximas chegaram a 35,7ºC em Campo Bom e 35,0ºC no Jardim Botânico da capital.

No interior, 36,6ºC em São Luiz Gonzaga, 36,1ºC em Santa Maria e 36,0ºC em São Borja, mas várias cidades ficaram perto ou atingiram os 35ºC, casos de Uruguaiana, Santa Rosa e Camaquã, dentre outros municípios.

Com atmosfera muito aquecida e umidade presente, nuvens de maior desenvolvimento vertical se formaram durante a tarde com chuva e tempestades isoladas. O município de Ibirapuitã, no Norte gaúcho, foi castigado por uma tempestade com chuva, rajadas de vento forte e granizo pequeno a médio no começo da tarde.

Os municípios de Marau e Água Santa também sofreram com o granizo. Lavouras que tinham resistido à forte estiagem do verão acabaram destruídas agora pelas pedras de gelo antes da colheita com grandes prejuízos para os produtores.

Chuva localmente forte e temporais atingiram ainda outras áreas do Rio Grande do Sul na tarde de hoje. Caiu granizo miúdo, por exemplo, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, e em Antônio Prado, na Serra Gaúcha.

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No Oeste, núcleos de intensa instabilidade que avançaram do Uruguai e da Argentina foram os responsáveis pela chuva intensa que assolou Quaraí. A precipitação veio com muitos raios e rajadas de vento. A estação do Instituto Nacional de Meteorologia na cidade da fronteira com o Uruguai anotou 50 mm em duas horas, mas estação automática no interior do município marcou mais de 100 mm.

INSTABILIDADE COMO EM DIA DE VERÃO

É outono, quase abril, mas a instabilidade de hoje no Sul do Brasil observou um padrão basrtante típico de meses de verão com calor e umidade formando muitas nuvens carregadas durante a tarde na região com chuva e tempestades isoladas.

A combinação de umidade mais elevada com temperatura alta proporciona que as condições se tornem propícias para a ocorrência de temporais isolados de chuva torrencial com elevados volumes em curto intervalo, vento forte e granizo nesta época do ano.

Estes temporais se dão principalmente da tarde para a noite, quando se formam nuvens de grande desenvolvimento vertical pelo aquecimento diurno que gera movimentos convectivos (ar ascendente) na atmosfera.

A convecção forma nuvens do tipo Torre Cumulus (TCu) e Cumulonimbus (Cb) que causam os temporais localizados e não raro muitíssimo isolados. Localmente, alguns destes temporais podem ser fortes a severos mesmo com risco de danos.

Quanto mais quente e atmosfera e menor a pressão atmosférica, maior é o potencial para haja a formação de nuvens muito carregadas e mais alta a probabilidade de temporais localizados de maior severidade. O ar quente e a umidade são os combustíveis para tempo severo e dias de calor mais intenso apresentam maior probabilidade de tempestades se a atmosfera não estiver muito seca.

Fonte MetSul Meteorologia

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