O médico Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho Bernardo Boldrini em júri realizado na semana passada, em Três Passos, poderá cumprir o restante da pena no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre. Ele foi encaminhado na segunda-feira para atendimento e avaliação psiquiátrica.
A medida foi autorizada pela juíza Priscila Gomes Palmeiro, da 1ª Vara de Execuções Criminais da Capital, depois de verificar a necessidade da intervenção em ida à Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), onde o réu cumpre a pena de prisão. Leandro havia sido levado anteriormente ao Hospital Vila Nova, mas a ausência de um médico especialista de plantão não permitiu o atendimento, segundo informou o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS).
Conforme o juiz Alexandre Pacheco, da Vara de Execuções e Penas e Medidas Alternativas (Vepma) de Porto Alegre, responsável pela liberação da vaga no IPF, a avaliação psiquiátrica tem duração máxima de 15 dias. Após essas duas semanas, os médicos irão considerar a necessidade ou não da permanência de Leandro no local, ou se ele voltará para a Pasc.
AS PENAS
Na última quinta-feira, Leandro Boldrini foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte do filho Bernardo, em abril de 2014. Foi o segundo julgamento do médico pelo crime. Em 2019, o júri popular condenou o réu a 33 anos, mas o julgamento foi anulado pelo TJ-RS. Dos 31 anos da atual pena, Leandro completará nove no mês que vem.
Também foram condenados pela morte de Bernardo, que na época tinha 11 anos, a madrasta, Graciele Ugulini (pena de 34 anos), e os irmãos Edelvânia Wirganovicz (22 anos) e Evandro Wirganovicz (nove anos, mas já cumpre a pena no regime semiaberto).
Informações Diário de Santa Maria.