O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que seis crianças brasileiras estavam entre os 66 passageiros que viajavam em um ônibus que capotou ao cair de um barranco no Panamá, na última quarta-feira, 15.
O Itamaraty não informou se houve a morte de outros cidadãos brasileiros entre as confirmadas no acidente. Até o momento, ao menos 39 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas.
O Unicef informou em uma nota que “pelo menos três crianças” morreram no acidente.
O ônibus partiu de Darién, na região de selva entre o Panamá e a Colômbia, com destino a uma cidade na fronteira com a Costa Rica.
Os ocupantes do veículo eram imigrantes que tinham a intenção de entrar nos Estados Unidos ilegalmente. Além dos brasileiros, havia também colombianos, cubanos e equatorianos.
Reconhecimento das vítimas
O Ministério Público do Panamá declarou que, por causa do estado dos corpos, ainda não é possível fornecer um número exato de vítimas.
“Esse processo levará tempo, o estado dos corpos e a falta de dados ante-mortem dificultam a realização de perícias, especialmente no que diz respeito à identificação”, explicou o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, subordinado ao MP.
“Serão necessárias informações dos países de origem dos migrantes”, como impressões digitais, registros odontológicos e amostras de DNA de parentes, acrescentou o instituto.
“Não podemos dar uma precisão exata do número de vítimas, porque há uma situação muito complexa, e há desmembramentos” dos corpos de alguns dos mortos, afirmou a promotora superior de Chiriquí, Melissa Navarro, em um comunicado enviado à AFP.
A Cruz Vermelha do Panamá informou que está tentando entrar em contato com os familiares das vítimas.
“Estamos com ações de restabelecimento do contato familiar, para que os parentes no exterior possam ter informações sobre seus entes queridos”, disse a repórteres Leo Dan Berrios, diretor regional da Cruz Vermelha para as províncias panamenhas de Chiriquí, Veraguas e Bocas del Toro.
Fonte: R7