Policial Militar de Guaporé é símbolo de fé e superação na luta contra o câncer de mama

No ano de 2022, a vida da Soldado Elidiane Orso, lotada na Brigada Militar de Guaporé teve um novo desafio: enfrentar um câncer que apareceu durante um autoexame de mama. Seu diagnóstico final, dado em agosto de 2022, dava conta que se tratava de um carcinoma invasivo de mama de subtipo triplo negativo, um dos subtipos mais agressivos de câncer de mama, no qual o termo “triplo-negativo” refere-se à ausência de três proteínas importantes nas células cancerosas: os receptores dos hormônios estrogênio, progesterona e da proteína conhecida como fator de crescimento epidérmico humano (HER2).

Elidiane conta que após o diagnóstico uma sensação arrebatadora tomou conta de si: “Tu não dorme, não come, realmente parece o fim da caminhada. Eu sempre tive a impressão que o câncer não tinha cura e eu entrei em pânico”. Os tratamentos se deram em uma clínica na cidade de Guaporé, que segundo Elidiane, foram extremamente acolhedores e a conduziram da melhor maneira, fazendo 16 sessões de quimioterapia no total (04 sessões da vermelha e 12 sessões da branca).
As duas primeiras sessões tiveram efeitos leves, porém na terceira foram graves, ocasionando em não conseguir sair da cama, tampouco se alimentar. Nas sessões subsequentes, Elidiane conta que seu corpo reagiu de forma mais amena, combinando inúmeros cuidados para fortificar sua imunidade, que estava muito enfraquecida no período.

Para Elidiane, a data de 27/01/2023 simboliza o seu renascimento, uma vez que findaram as quimioterapias e após todos os exames, foi constatado que o nódulo sumiu. Durante sua trajetória na Brigada Militar, a Soldado Elidiane sempre foi exemplo de companheirismo, profissionalismo, carisma e amor, sendo unânime pelos colegas a descrição de que ela é muito especial.

A fé, a esperança e o carinho das pessoas próximas para manter-se firme durante todo o período em que perdurou seu tratamento foram essenciais para que conseguisse vencer a batalha. A alegria foi contagiante em sua última sessão de quimioterapia, quando foi recepcionada por familiares, amigos e colegas da Brigada Militar para fazerem uma carreata por Guaporé, simbolizando que uma das maiores lutas existentes no mundo foi vencida por Elidiane.

Como a Cabo Toco, que foi a patrona da primeira turma de Policiais Militares Femininas do Estado do Rio Grande do Sul, a Soldado Elidiane também é exemplo de garra e coragem, pois sua força de vontade e pela exímia pessoa, que mesmo nos momentos mais difíceis sempre foi, se tornou um exemplo de perseverança e superação na luta contra o câncer.

Elidiane ainda tem uma cirurgia agendada para março e iniciará o tratamento com radioterapia. Nas palavras dela: “Com a graça de Deus eu venci essa batalha. É possível vencermos o câncer, ele não é um símbolo de morte; Quando fui diagnosticada pensei que fosse o fim da minha caminhada, mas com a graça de Deus, com o apoio dos amigos, dos colegas e da família eu consegui. O apoio de todos foi fundamental para eu chegar até aqui e me sair vitoriosa perante esse obstáculo que a vida me impôs.”
Por fim, ela conta que dentre os diagnósticos dos diversos médicos que lhe acompanharam durante a trajetória, manter-se trabalhando sempre foi uma decisão unânime entre eles, ressaltando que o trabalho lhe ajudou a esquecer dos problemas, enquanto teve a flexibilização de seus horários, a possibilidade de não ir quando as forças lhe faltavam, além de todo o apoio dado pelos colegas de trabalho durante o período.

O 3° Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas se orgulha da história da Soldado Elidiane e deseja que, assim como foi exemplo para os colegas que trabalham consigo, sua história seja conhecida e sirva de incentivo para que mais mulheres que estão enfrentando a mesma batalha encontrem forças e esperança para seguirem em frente.

“Ninguém merece ter um câncer, mas tudo na vida tem um propósito. Ensina a dar valor às pequenas coisas, a desapegar de outras. Realmente foi difícil, mas nada é impossível. Deus é muito maior que essa doença”.

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