O “Lançamento de Ações de Enfrentamento ao Aedes e às Doenças por Ele Provocadas”, foi promovido nesta quarta-feira (18), pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (SES), com apoio da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS). Diversas ações de combate à dengue foram divulgadas, bem como, lançado curso de Capacitação sobre Arboviroses.
Dentre os 80 municípios que participaram de forma online ou presencial, estava Fagundes Varela, que inclusive, destacou-se pelas experiências exitosas no combate à doença. A secretária de Saúde, Fernanda Grosselli, afirma que foram convidados a relatar as atividades que foram desenvolvidas. Ela salienta que apesar da alta incidência de focos do mosquito da Dengue na região, Fagundes Varela não teve nenhum caso confirmado da doença em 2022.
O trabalho de combate que foi realizado contribuiu com o cenário. A secretaria qualificou equipes, comprou equipamentos e passou a custear exames.
“Com a vinda de um agente de combate a endemias, em um trabalho conjunto com os agentes comunitários de saúde, realizamos um trabalho junto às escolas e solicitamos ajuda da comunidade, através dos meios de comunicação e diretamente por WhatsApp, além de horários na agenda dos profissionais de saúde para capacitações”, relata a secretária Fernanda Grosselli.
O município conta com um agente de combate a endemias desde 2021, e um dos diferenciais do município, segundo a chefe da pasta, é o bom vínculo que os profissionais da área da saúde têm com a população. Dessa forma, contribuindo com a conscientização.
Fotos: Secretaria de Saúde de Fagundes Varela/Divulgação
A agente comunitária de saúde Leila Segalotto, conta que a equipe percebeu que cisternas usadas em residências, embora bem vedadas, serviam de criadouro para os mosquitos.
“Estavam cheias de mosquitos e de larvas, então começamos uma força-tarefa para chegar aos domicílios e identificamos que, além das cisternas, as piscinas serviam de foco”, recorda Leila.
Ela destaca que o trabalho com as piscinas hoje, é feito em todas as estações do ano, principalmente quando elas não estão em uso. Fernanda salienta que essas ações simples precisam ser feitas periodicamente, a fim de garantir o êxito no combate ao mosquito Aedes aegypti.
O outro município que relatou suas boas experiências foi Bom Retiro do Sul. O secretário de Saúde, Rodrigo Rodrigues, relembrou que o primeiro caso registrado no município foi em 2018, chegando ao auge em 2021, com 720 casos e um óbito, em um município de 12,5 mil habitantes. A partir de um trabalho integrado, que uniu também outras secretarias, a cidade reduziu o número de casos para 26 em 2022.
“Um servidor da Secretaria de Educação se fantasiou de mosquito e foi para as escolas, trabalhando com todas as turmas. A Assistência Social trabalhou com os grupos de melhor idade. As obras realizaram a limpeza da cidade”, conta o secretário.
O município está preparando uma campanha visual e de aproximação com a comunidade, também pelo WhatsApp.
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