Maior jogador de todos os tempos, Pelé morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. O Rei do Futebol estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 29 de novembro, quando apresentou infecção respiratória.
Pelé lutava contra um câncer no cólon, já em fase de metástase, e foi submetido a uma bateria de exames na semana passada, nos quais os médicos identificaram, além do quadro de anasarca (inchaço generalizado), uma insuficiência cardíaca descompensada e disfunção renal. Na última quarta-feira (21), ele apresentou progressão do câncer, e o hospital divulgou boletim informando que ele necessitava de cuidados maiores. Pelé passou 26 dias internado.
Edson Arantes do Nascimento foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no cólon direito no ano passado. Na ocasião, ele deu entrada no centro de saúde em agosto de 2021, para passar por uma bateria de exames que faz anualmente, mas que estava atrasada por causa da pandemia de covid-19. Foi quando a lesão foi detectada. Após passar pela cirurgia, ele iniciou o tratamento de quimioterapia, mas ultimamente seu organismo não respondia mais ao tratamento.
O câncer de cólon, chamado também de câncer do intestino grosso ou câncer colorretal quando afeta o reto, surge quando as células na parte interior do cólon se multiplicam de forma diferente uma das outras, dobrando de tamanho e se inflamando.
Eleito o Atleta do Século XX pela Fifa, Pelé é uma verdadeira lenda. A começar pelo fato de ser o único jogador a conquistar três Copas do Mundo – em 1958, 1962 e 1970. Também foi o mais jovem atleta a disputar e ganhar uma final do Mundial, aos 17 anos, 8 meses e seis dias nos 5×2 diante da Suécia em 1958 – ele fez dois gols na decisão. Sem falar na incrível marca de 1.281 gols marcados, um recorde mundial.
Mas o Rei do Futebol é muito mais que números. Ele é considerado o jogador mais completo da história do esporte. Jogadas espetaculares, dribles incríveis, cobranças de falta, gols de placa e de todos os jeitos, tudo estava no repertório do eterno camisa 10. Ele finalizava com as duas pernas e cabeceava bem, tinha técnica, domínio de bola, visão de jogo, façanhas que impressionam até hoje, mesmo 45 anos depois de sua aposentadoria – o último jogo oficial foi em 1977.
Fonte: Correio