Queiroga diz que SUS vai incorporar Zolgensma, remédio usado para tratar atrofia muscular espinhal

Ministro da Saúde informou que medicamento recebeu parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde para uso em crianças de até seis meses com o tipo I da doença

A Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde (Conitec) emitiu parecer favorável à incorporação do medicamento Zolgensma, usado para tratamento de atrofia muscular espinhal (AME), ao Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi confirmada no sábado (3) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, via redes sociais. O medicamento é conhecido como o mais caro do mundo, custando até R$ 7,2 milhões.

Segundo o ministro, a recomendação da Conitec é que o remédio seja usado para tratar crianças com até seis meses de vida diagnosticadas com o tipo I da doença e que estejam fora de ventilação evasiva acima de 16 horas por dia. 

“Com isso, o Sistema Único de Saúde do Brasil ofertará as tecnologias mais avançadas para o tratamento da AME. Isso porque o Zolgensma se une ao Nusinersena e ao Risdiplam, tratamentos já incorporados ao sistema de saúde”, detalhou Queiroga.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que a portaria que vai detalhar os critérios sobre a distribuição do medicamento, assim como outros complementos sobre o tema, deve ser publicada nos próximos dias. 

Uma das crianças do Brasil que precisa do medicamento é  Bella Vetter Kottwitz, seis meses. Os pais, a publicitária Tatiana Vetter e o arquiteto Patrick Kottwitz, ambos de 36 anos, demandam judicialmente o acesso ao Zolgensma. Ao mesmo tempo, familiares se mobilizam com a campanha Todos pela Bella, que envolve uma vaquinha online (por meio deste site) — com o objetivo de angariar R$ 7,7 milhões, já incluídas as tarifas do site —, organização de chás e rifas.

O que é a atrofia muscular espinhal (AME) 

Fonte: Instituto Nacional da Atrofia Muscular Espinhal (Iname) 

Fonte: GZH

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