O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial é “um fato inquestionável”.
Na terça-feira (22), o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entraram com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para pedir a anulação de votos feitos em cinco modelos de urnas no segundo turno do pleito. A alegação é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” em determinados modelos.
Assinada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, a representação cita o laudo técnico de auditoria feita pelo Instituto Voto Legal, contratado pelo PL, que teria constatado “evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”. Os supostos problemas teriam sido registrados nos arquivos “logs de urna”.
Inicialmente, quando questionado sobre o assunto, o presidente do Senado disse não ter visto os argumentos do PL porque estava despachando na presidência da Casa e, por isso, não tinha “informações precisas”. No entanto, ressaltou que “o resultado e o relatório de urnas válidos são os do dia 30 de outubro, quando houve a abertura das urnas e foi dada a vitória ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva”.
“Eu considero que esse fato é inquestionável”, declarou. Questionado se há espaço para alguma contestação, Pacheco afirmou que é preciso conhecer os fundamentos apresentados e ter “responsabilidade de compreender e diagnosticar o que está sendo dito para poder ter uma conclusão”.