Médico não tem paz! Agora a gurizada resolveu fumar cotonete

Parece a cena mais ridícula já vista. Mas adolescente da era Tik Tok não para de inventar formas de correr riscos e agora andam fumando cotonetes.

Em mil novecentos e bolinhas, quando eu era adolescente, o máximo que a criançada fazia era papel sulfite enroladinho para parecer gente de cinema. Mas a criatividade do mal adolescente já tinha muitas outras formas de destruir os pulmões que vira e mexe voltam à tona.

O alerta atual dos pneumologistas é que crianças e adolescentes transformaram cotonetes em cigarros. Colocam uma essência qualquer em uma das pontas do algodão, acendem e inalam aquilo por segundos. Pode parecer inofensivo, mas há doença que compromete a saúde de muitos trabalhadores rurais, justamente, pelo trabalho em plantações de algodão.

A bissinose é um estreitamento das vias respiratórias causado pela aspiração de partículas de algodão. Essas fibras presentes não se desfazem e nem são expelidas tão rapidamente.

Mas a fumaça é ainda mais tóxica porque surge da junção com o plástico que também queima. “Isso entra em combustão e qualquer inalação de substâncias tóxicas faz muito mal ao pulmão”, reforça a pneumologista Nayara Silveira.

Com o passar do tempo, surge pressão no peito que se agrava, acompanhada de falta de ar, sibilância e redução da capacidade pulmonar. Em caso grave, há febre, dor nas articulações e músculos.

Para quem tem doenças preestabelecidas, como asma, as complicações podem ser ainda piores, inclusive, com parada cardiorrespiratória.

A orientação da especialista aos pais é atenção. “Normalmente, quando o filho está inalando algo tóxico, os sintomas começam com tosse persistente, peito chiando e cansaço sem razão evidente”, diz Nayara.

Com mais essa novidade voltando à cena, ela diz que “pneumologista não tem paz” e lembra dos cigarros eletrônicos, que levam à Evali, doença descoberta depois de muitos jovens procurando os consultórios por usar os dispositivos.

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É uma sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos do chamado vaping. A doença é uma lesão pulmonar associada ao uso dos aparelhos, descrita pela primeira vez em 2019, nos Estados Unidos.

“Os pais precisam saber o que os filhos estão consumindo também nas redes sociais. Tem alguns desafios que chegam ao absurdo de incentivar crianças a inalar desodorante”, reforça a pneumologista.

Via Campo Grande News e POA24h.

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