Durante juri popular, réu alega estar drogado quando estuprou e matou a menina Ághata, de 5 anos, em Lajeado

Foi a julgamento nesta quarta-feira (9), no Salão do Júri do Foro de Lajeado, o réu Juliano Neinas, de 36 anos. Ele é acusado de ter abusado sexualmente e matado a menina Ághata Rodrigues do Santos, de 5 anos, no dia 4 de setembro de 2021. O julgamento começou às 13h53 e teve como a primeira depoente a mãe da criança, Taís de Oliveira Rodrigues, de 24 anos, as informações são da Rádio Independente.

Questionada sobre o fato pelo juiz Rodrigo de Azevedo Bortoli, ela contou, bastante emocionada, como o crime aconteceu. “Era perto de 12h. Eu e o Juliano fomos ao mercado fazer algumas compras. Ela estava junto. Estava tudo normal. Quando voltamos ele disse que precisávamos de refrigerante para as crianças. Então ele saiu e convidou a Ághata para ir junto. Ela subiu na garupa dele e foi. Vi que eles estavam demorando, então eu e meu irmão fomos atrás procurar. Não achamos. Caminhamos por outros lugares, fui até o Parque dos Dick. Lá encontrei uma viatura da Brigada Militar. Eles me ajudaram a procurar e ela foi encontrada morta na beira do Tio Taquari”, diz a mãe da menina.

O segundo depoimento foi do réu Juliano Neinas, que era amigo da família. Questionado pelo juiz sobre sua vida e se tinha antecedentes criminais, ele disse que desde os 18 anos é usuário de cocaína e já teve passagem pela polícia por crime de posse irregular de arma de fogo e posse de drogas.

Quando perguntado sobre a morte da criança, ele falou que no dia havia usado cocaína e confessou o crime: “Eu tava alucinado. Eu tava cheirado, louco e quando eu vi já tava descendo o mato, o rio com ela. Aconteceu o ato de estupro. Vi que ela não tava mais respirando. Fui embora. Fiquei apavorado e sai caminhando”, afirmou o réu, que deixou o corpo na beira do rio.

O julgamento se estende até a noite. A pena para o crime de estupro é de oito a 15 anos de prisão, e para homicídio é de 13 a 30 anos. Somando as duas, o réu Juliano Neinas pode pegar uma pena de até 45 anos de prisão. Desde o dia do crime ele já esta preso preventivamente.

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