Finalmente, após mais de dez anos desde que começou a ser desenvolvido, o Space Launch System (SLS), da NASA, foi lançado rumo à Lua na madrugada desta quarta-feira (16). Formado pelo propulsor de mesmo nome e a cápsula de tripulação Orion, o megacomplexo veicular de 98 m de altura decolou da plataforma LC-39B, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, às 3h47 (pelo horário de Brasília), dando início à tão aguardada missão Artemis 1, o voo inaugural do novo programa de exploração lunar e de espaço profundo da agência espacial norte-americana.
Por volta das 3h, faltando poucos minutos para o horário originalmente marcado, a NASA anunciou que haveria um atraso devido à necessidade de substituição do switch de internet, responsável pelo sistema de autodestruição do foguete, que deve ser acionado caso haja qualquer problema que obrigue o abortamento da missão.
O principal objetivo desse voo não tripulado é testar tecnologias essenciais para todas as outras missões do Programa Artemis, como o foguete e a cápsula em si, além dos sistemas de comunicação e de suporte de vida. Estão a bordo da espaçonave três manequins humanoides (dois femininos e um masculino) para verificar os efeitos que a exposição excessiva à radiação pode gerar no organismo humano em uma missão lunar de longa duração.
Impulsionado por um par de propulsores de cinco segmentos e quatro motores de alimentação líquida RS-25, o foguete passou pela pressão dinâmica máxima (período de maior força atmosférica em sua estrutura) cerca de 90 segundos após a decolagem.
Em aproximadamente três minutos de voo, os propulsores esgotaram todo seu combustível sólido e foram dispensados com segurança. Pouco tempo depois, as carenagens foram descartadas, expondo os painéis solares da cápsula Orion.
Na subida de cerca de 12 minutos para a órbita, os motores do estágio central do SLS consumiram todo seu combustível líquido e foram desligados. Nesse momento, a cápsula Orion se desprendeu do foguete, continuando a orbitar nosso planeta com o Estágio Interino de Propulsão Criogênica (ICPS), mais ou menos na mesma altitude em que se encontra a Estação Espacial Internacional (ISS) – cerca de 450 mil km acima da superfície terrestre.
Durante essa primeira órbita, a Orion vai implantar seus painéis solares, não sendo mais necessário utilizar a energia da bateria a partir desse ponto. Os painéis serão dispostos em uma posição de suporte de carga em preparação para a manobra de elevação do perigeu, que é impulsionada pelo ICPS.
Fonte: Olhar Digital