Alcindo Portella, 78 anos, foi encontrado parcialmente carbonizado, já sem vida, dentro do quarto. Um outro homem, natural da Bahia, estava baleado no lado de fora do imóvel. Bombeiros militares e civis combateram as chamas
Servidores do 3º Pelotão do Corpo de Bombeiros Militar (3º PelBM), de Guaporé, e voluntários do Serviço Civil Auxiliar de Bombeiros (SCAB), de Serafina Corrêa, atenderam na noite do sábado, dia 24 de setembro, por volta das 23h30min, um incêndio em uma residência multifamiliar com o registro de morte. A tragédia, que vitimou Alcindo Portella, de 78 anos, aconteceu na Via Piave, no bairro Aparecida, em Serafina Corrêa. Além da vítima fatal, no lado de fora do imóvel havia um homem, natural da Bahia, alvejado com disparos de arma de fogo.
O chamado para a Central de Operações (Telefone 199) informava que uma casa, construída em madeira, estava em chamas e outras duas corriam riscos de serem atingidas. Em rápido deslocamento, os bombeiros civis, guarnição composta por Pereira (comandante de serviço), Dallagnol e Zé Carlos, deu início ao combate. A maior preocupação, além de extinguir o fogo, era evitar que este se alastrasse.
Fora do imóvel, um jovem, de 22 anos, estava baleado e informou que dentro havia um outro homem. Ele recebeu os primeiros atendimentos dos bombeiros civis e foi encaminhado pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital Nossa Senhora do Rosário.
Bombeiros militares, guarnição com Maron, Schmitt e Zilio, além dos voluntários de folga Claucir e Rodrigues atuaram no combate. Foram mais de cinco mil litros de água utilizados na extinção e no rescaldo. Pela agilidade, as outras residências não foram atingidas. Porém, não houve tempo hábil de salvar Alcindo Portella. Na hora do incêndio, a vítima estava dormindo.
Pelas circunstâncias do fato, policiais da Brigada Militar (BM) – equipe da Força Tática (FT) e policiamento ostensivo, e agentes da Polícia Civil (PC) foram comunicados. A hipótese levantada preliminarmente é que criminosos, ainda não identificados, tenham estado no local para executar o baiano e posteriormente, após efetuarem os disparos, colocaram fogo no imóvel. Não se descarta que Alcindo tenha sido atingido pelos disparos, visto que o quarto ficava ao lado de onde foram realizados os disparos. Uma divisória de madeira separava os cômodos.
Peritos do Departamento de Criminalística – Instituto Geral de Perícias (IGP), de Passo Fundo, foram acionados e estiveram na cena do crime para o levantamento de informações que possam contribuir com a investigação policial. Somente com uma análise mais detalhada do corpo é que poderá ser apontado se ele foi alvejado. Agentes da DP, coordenados pelo delegado Juliano Goelzer, deram início a investigação para apurar a motivação e identificar o (s) autor (s). No local, ouviram testemunhas e colheram provas.
Fonte Rádio Aurora
Texto: Eduardo Cover Godinho